O Mercado da Vila, em Cascais, é hoje bem diferente do que era em 1952, ano da sua fundação. Continua a encontrar por lá produtos frescos, mas atualmente é também um polo de atração para múltiplas atividades, eventos e projetos. Entre eles, estão vários espaços de restauração, com diferentes conceitos gastronómicos. O mais recente é um “mexicano de fusão”, como se caracteriza, com pratos que incluem também influências portuguesas e de outras origens.
O Azteca abriu a 11 de março, no lugar do antigo Gulli. Tem tacos, burritos, quesadillas, alambres e outros pratos tipicamente mexicanos, mas também algumas alternativas aos clássicos. Entre as opções picantes, as vegetarianos, vegan ou até sem glúten, a oferta variada convida pessoas com todo o tipo de gostos a sentarem-se à mesa.
Ricardo Bernardo, 40 anos, é o responsável pelo projeto, que é a sua primeira viagem pela área da restauração. “Tenho outros negócios em Cascais, como o bar discoteca Oficina das Artes, em Alcabideche. Quando surgiu esta oportunidade aqui no Mercado da Vila, achei que devia arriscar”, conta à New in Cascais. Mas porquê apostar na gastronomia mexicana? “É a minha comida favorita”, refere. Confessa-nos: “Já corri todos os mexicanos da zona”. Apesar de nunca ter visitado o México, Ricardo é fã dos sabores e queria trazer ao espaço a sua “visão singular da comida mexicana”.
É Gonçalo Fernandes, o gerente, que explica à NiC o conceito do Azteca: “Achámos que já havia muitos mexicanos tradicionais e quisemos marcar a diferença. Apesar da nossa base ser realmente o México, temos também sabores de outros países, como tataki do Japão, molhos chineses, especiarias do Médio Oriente, o polvo numa nota mais portuguesa, entre outros”.
Se tivesse que destacar três boas sugestões, Gonçalo não hesita: o taco pulpito (6,50€) “com um polvo cozido a baixa temperatura”, o Al Mezcal (17,50€), “um dos nossos pratos fortes, que consiste numa maminha regada com mezcal e servida com banana frita”, e como sobremesa a Maria Maria (4,50€), “feita à base de creme de abacate, iogurte, leite condensado e lima”.

Como entradas pode pedir, por exemplo, totopos Azteca (16,50€), Las Palomitas, pipocas de frango (10€), creme de feijão (10€) ou jalapeños (10€). Há também alambres de camarão (19€), de tofu fumado (17€), entre outros. Entre os burritos, uma das novidades mais recentes do espaço, pode pedir o de chilli com carne (15,50€), o Al pastor (14,50€), o huitlacoche (14,50€) e o de camarão (16€).
Nas opções de tacos, encontra o de salmão fumado (6€), o tataki (6€), o camarão (6€), o al pastor (6€), o nopalitos com tortilha de milho azul (6€), entre outros. Como pratos principais, arrisque num chilli Azteca (15€), numas enchiladas de Shakshuka (14€) ou no Azteca Burger (15,50€). Para finalizar, entre as sobremesas tem a opção de pedir churros tradicionais (5€), a Guayaba (4,50€), plátano al rum (6€) e também a cacahuate (6€).
Para beber, há limonadas (4€), diferentes cocktails como margarita (12€), mojito (11€), Mexican Mule (12€) ou Tecolada (11€), mas também sangria , assim como margarita de morango, lima ou maracujá em jarro (22€).
Aberto há dois meses, o Azteca tem recebido todo o tipo de clientes. “Temos tido muitos portugueses, ao contrário do que esperávamos, porque é uma zona muito turística”. Chegam para provar as especialidades e ficam surpreendidos com a decoração, já que é bem diferente do imaginário que identificamos como mexicano. “Não quisemos ter muitas cores, bandeiras e chapéus. Preferimos apostar numa coisa mais simples, mais clean, com um ambiente mais intimista”, conta Ricardo. “É mais romântico”, acrescenta Gonçalo.
Com 60 a 70 lugares, entre a sala interior e a esplanada, o restaurante está aberto aos almoços e jantares, num horário ininterrupto, caso lhe apeteça um burrito a meio da tarde. A partir do final deste mês, terá também disponível um menu de almoço (ainda sem preço fixo) com prato, bebida e sobremesa, “para quem trabalha aqui perto”, aponta o responsável.
Carregue na galeria para conhecer melhor o espaço e alguns dos pratos servidos pelo Azteca.