É considerado uma referência na gastronomia tradicional chinesa e há quem diga que não se encontra um “Pato assado à Pequim” como aquele, em Portugal. É precisamente este o prato mais pedido do Estoril Mandarim, restaurante que nasceu no Casino Estoril, há 26 anos.
Surgiu da vontade de Stanley Ho — acionista maioritário do grupo Estoril Sol e proprietário daquele que é um dos espaços mais emblemáticos da linha de Cascais —, empresário de renome e entusiasta da culinária da sua terra natal, que faleceu em 2020. Quis trazer ao Casino, os sabores autênticos da região de Cantão, de forma a não sentir falta da gastronomia típica da China, sempre que estivesse em Portugal.
O Estoril Mandarim tornou-se, assim, um verdadeiro templo da gastronomia cantonesa e chinesa, conquistando os cascalenses e muitos curiosos que vinham de longe só para conhecer o espaço e provar as iguarias que foram sendo cada vez mais elogiadas com o passar dos anos.
Atualmente, para continuar a garantir a autenticidade do menu, foi formada uma equipa de cozinheiros cantoneses, responsáveis por preservar o rigor do receituário tradicional e assegurar a excelência na confeção e apresentação dos pratos. O restaurante destaca-se não só pela qualidade da sua cozinha, mas também pelo serviço impecável, cativando clientes fiéis há já duas gerações.
“É importante manter a tradição, manter a cozinha genuína. Estamos também numa fase de mudança, em que temos um novo chef, que tem feito um excelente trabalho na tentativa de melhorar e procurar sempre os ingredientes mais genuínos para mantermos esta linha de seguir a cozinha tradicional”, refere Ricardo Pina, atual diretor do grupo Estoril Sol.
“Qualquer pessoa que venha da Ásia, nomeadamente da China, reconhece que realmente temos aqui pratos de qualidade”, acrescenta. Apesar da introdução de algumas novidades, o menu mantém-se praticamente inalterado ao longo dos anos, respeitando as raízes das gastronomias chinesa e cantonesa.
Ao almoço, o Estoril Mandarim dedica-se exclusivamente aos famosos “Dim Sum”, (entre os 5€ e 8€) preparados artesanalmente. Já ao jantar, o leque de opções amplia-se para mais de 100 pratos, onde se destaca o célebre “Pato Assado à Pequim” (57€), o mais solicitado pelos clientes.
Aliás, este prato é responsável por alguns momentos caricatos vividos pelos clientes menos familiarizados com as tradições gastronómicas, como conta Ricardo Pina à New in Cascais: “Claro que usar os pauzinhos chineses é complicado para alguns. Mas acho que a questão do ‘Pato à Pequim’ suscita situações engraçadas”.
“Como é um prato cozinhado e consumido em dois momentos, acaba por criar algumas situações caricatas de pessoas que não sabem. Ficam a achar que alguém lhes está a levar a comida para a cozinha e que não volta, até perceberem que realmente são dois momentos em separado, essenciais para tornar esse prato tão especial”, conta o responsável.

A New in Cascais falou também com o chef Anthony Ma sobre a inovação que tem lugar na cozinha do Estoril Mandarim. “Já começámos a cozinhar e a preparar novos dim sum, assim como pratos principais, porque queremos trazer algo novo, criativo e moderno para os nossos clientes”, diz, reforçando a vontade de, sem fugir da tradição, surpreender constantemente os clientes.
O chef destaca também o uso de produtos locais na criação de novos pratos. “Usamos ingredientes locais e combinamos vários ingredientes para criar um sabor único. Queremos trazer sabores autênticos, por isso usamos a nossa técnica tradicional para preparar os pratos. Mas, como estamos em Portugal, precisamos de nos adaptar”, refere.
A diversidade da carta abrange diferentes categorias, desde “Sopas”, “Assados”, “Aves” e “Marisco”, “Tao-Fu e Vegetais” (dos 12€ aos 17,50€), “Carne de Porco” (entre 12€ a 13,50€) e “Sobremesas” (entre 5€ a 7,50€). O preço médio por refeição ronda os 35€ ao almoço e 55€ ao jantar.
Com capacidade para 180 pessoas, o restaurante dispõe de uma esplanada e três salas privadas com 8, 14 e 42 lugares, sendo uma delas equipada com casa de banho exclusiva. A decoração requintada é inspirada na Ásia de 1998 (mais precisamente em Macau e Hong Kong) e combina tons vermelhos, castanhos, dourados e pretos, criando um ambiente elegante e acolhedor. “O mobiliário veio todo da China e foi montado aqui neste espaço”, confidencia Ricardo Pina.
O espaço é também conhecido por receber clientes ilustres. “Muita gente gosta de vir. Claro que não posso especificar nomes em pormenor, mas vem muita gente conhecida, vem muita gente que gosta do espaço”, refere o diretor do Grupo Estoril Sol.
Para quem deseja uma experiência autêntica e sofisticada da cozinha cantonesa e chinesa, o Estoril Mandarim continua a ser uma escolha incontornável, que o fará sentir que está a viajar, sem sair do mesmo espaço.
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