Durante a gala do Guia Michelin Espanha & Portugal 2023 foi anunciado que 2024 seria um “ano histórico” para o nosso País — e as expetativas cumpriram-se. A primeira grande gala portuguesa, que teve lugar no hotel NAU Salgados Palace, em Albufeira, esta terça-feira, 27 de fevereiro, ficou marcada por várias novas estrelas para os chefs nacionais.
Uma das novidades da cerimónia foi a entrega do Prémio Sala a Pedro Marques, do The Yeatman, no hotel homónimo em Vila Nova de Gaia. O prémio Melhor Sommelier foi atribuído a Leonel Nunes do Il Gallo D’Oro, no Funchal. Rita Magro, do restaurante Blind no Torel Palace Porto, ganhou o prémio Jovem Chef.
Após entregarem estes galardões, houve tempo para mais alguns: as estrelas verdes. Este guia foi criado para distinguir aqueles que demonstram o seu compromisso para com a sustentabilidade. A menção honrosa foi dada aos restaurantes Malhadinha Nova, de João Sousa, e Ó Balcão, de Rodrigo Castelo.
E porque nem só de estrelas vive o Guia Michelin, contam-se 20 espaços nacionais na lista de locais recomendados. Na categoria Bib Gourmand, a edição de 2024 acrescentou mais oito novos nomes.
A cerimónia também consagrou quatro estabelecimentos que passaram a fazer parte do Guia pela primeira vez: 2Monkeys, dos chefs Vítor Matos e Francisco Quinta, em Lisboa; Desarma, do chef Octávio Freitas, no Funchal; Ó Balcão, do chef Rodrigo Castelo, em Santarém; e o SáLa, do chef João Sá, em Lisboa.
O Antiqvvm, também do chef Vítor Matos, foi um dos grandes destaques. Se já contava com uma estrela Michelin, a partir desta terça-feira pode-se orgulhar de ter duas, depois de subir de categoria no Guia.
O evento acolheu cerca de 500 convidados, que desfilaram pela passadeira vermelha e conversaram alegremente com Fernando Alvim. A cerimónia foi apresentada depois por Catarina Furtado, que ficou com a tarefa de anunciar a quem seriam entregues os tão esperados galardões.
Antes disso, contudo, subiram alguns convidados especiais ao palco, como Maripaz Robinho, diretora de Espanha do guia Michelin e Gwendal Poullennec, diretor internacional. Ambos enalteceram a importância de Portugal ter um próprio guia. “Estamos a valorizar a gastronomia em Portugal. Um factor que agrega valor às regiões”, comentou também Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal.
No final, já com todos as honras atribuídas, a noite continuou com um jantar feito a quatro mãos pelos chefs Dieter Koschina (do Vila Joya) e João Oliveira, que mantém uma estrela no restaurante Vistas, em Portimão, desde 2017.
Portugal conta agora com um total de 31 restaurantes com uma estrela Michelin (‘cozinha de grande nível, compensa parar’) e oito com duas estrelas (‘cozinha excelente, vale a pena o desvio’). Mas não tem qualquer espaço com a distinção máxima (três estrelas, ‘uma cozinha única, justifica a viagem’).
A primeira gala portuguesa foi um sucesso. É de esperar que, nas próximas semanas, os telefones não parem de tocar nos novos restaurantes estrelados. Conheça a lista completa dos restaurantes estrelados.
Os restaurantes com duas estrelas Michelin
Casa de Chá da Boa Nova, Leça da Palmeira (Rui Paula)
Há vários anos que Rui Paula trabalhava pela sua estrela Michelin. Conseguiu-a na edição do Guia de 2017. Tem sido graças ao trabalho no cenário impressionante da Casa de Chá da Boa Nova — edifício à beira-mar, desenhado por Siza Vieira — que Rui Paula tem conseguido convencer os inspetores. Na edição de 2020 conseguiu mesmo a segunda estrela no Guia.
Morada: Lugar da Boa Nova, Leça da Palmeira
Alma, Lisboa (Henrique Sá Pessoa)
Desde outubro de 2015 que o Alma se encontra no Chiado em Lisboa. Em 2017, Henrique Sá Pessoa conseguiu a estrela Michelin para o restaurante que inaugurou em Santos. O Alma fica num antigo armazém da livraria Bertrand e foi projetado pelo arquiteto Tiago Silva Dias. Existem dois menus de degustação, o Alma (145€) e Costa a Costa (145€). Conquistou a segunda estrela na edição do Guia para 2019.
Morada: Rua Anchieta, 15, Lisboa
Belcanto, Lisboa (José Avillez)
José Avillez é possivelmente o mais célebre chef português da atualidade. Chegou ao velhinho Belcanto — fundado em 1958 —, renovou-o e transformou-o numa das maiores referências do País. Desde 2012 que o chef ali apresenta a sua cozinha mais criativa e que lhe valeu a primeira estrela, logo ao final de um ano de trabalho. A segunda chegou pouco tempo depois, no Guia de 2014, e consagrou o Belcanto como o primeiro duas estrelas da cidade Lisboa.
Desde o início de 2019 que o espaço tem uma nova morada, mesmo ao lado da anterior. O Evolução (195€) e o Belcanto (175€), são os dois menus de degustação do restaurante. Aqui há mais 15 metros quadrados e capacidade para mais 12 pessoas sentadas. O número está ligeiramente reduzido devido à pandemia.
Morada: Rua Serpa Pinto, 10A, Chiado, Lisboa
Ocean, Porches (Hans Neuner)
Hans Neuner é mais um austríaco no Algarve com estrela Michelin. Chegou ao Ocean, do Vila Vita Parc Resort & Spa, em 2007 e em dois anos atingiu o objetivo de pôr o restaurante no Guia Michelin. A segunda estrela chegou em 2011 e tornou Neuner um dos mais jovem chefs a atingir a marca. Só funciona ao jantar e a sala, claro, está virada para o Atlântico. Tem conseguido manter a qualidade ao longo dos anos.
Morada: Rua Anneliese Pohl, Alporchinhos, Porches
Il Gallo d’Oro, Madeira (Benoît Sinthon)
Sinthon chegou à cozinha do restaurante madeirense em 2004 e precisou de cinco anos de trabalho para ganhar a primeira estrela Michelin que foi também a primeira da Ilha. No guia de 2017 ganhou a segunda estrela, mais uma proeza para o Funchal. Os menus de degustação do restaurante do hotel The Cliff Bay surgem em vários preços. Ganhou em 2021 a estrela Verde Michelin Verde, que destaca uma gastronomia sustentável.
Morada: The Cliff Bay, Estrada Monumental, 147, Funchal, Madeira
The Yeatman, Vila Nova de Gaia (Ricardo Costa)
Foi com o chef Ricardo Costa no comando que o The Yeatman conquistou a primeira estrela, em 2011, um ano depois da abertura. A consagração chegou com a segunda estrela ganha na edição 2017 do Guia de 2018. Ricardo Costa não é um chef estranho no que a estrelas Michelin diz respeito. Foi ele quem conquistou, em 2009, a estrela do Largo do Paço, o restaurante do hotel Casa da Calçada, em Amarante. Dois anos depois, repetia o feito no The Yeatman. O restaurante fez 10 anos em 2020.
Morada: Rua do Choupelo, Vila Nova de Gaia
Vila Joya, Albufeira (Dieter Koschina)
O chef austríaco está no restaurante da Praia da Galé, no Algarve, desde 1991. Em 1994 confirmou as expectativas ao conquistar a primeira estrela no Guia Michelin. A segunda veio cinco anos depois, em 1999. O Vila Joya conquistou assim um lugar na história da gastronomia portuguesa, ao sagrar-se o primeiro restaurante a chegar ao par de estrelas em Portugal.
Muito do mérito cabe à cozinha de Koschina, que combina os ingredientes locais com técnicas elaboradas e minuciosas. Não há um menu fixo, já que os ingredientes estão sempre a mudar todos os dias na cozinha.
Morada: Vila Joya, Praia da Galé, Estrada da Galé, Algarve
Antiqvvm, Porto (Vítor Matos)
Quando Vítor Matos deixou o cargo de chef do Largo do Paço, em Amarante, não havia sinais de novos projetos à vista. Mas não tardou muito a encontrar um escape para a criatividade. O local escolhido foi o Antiqvvm, o restaurante do Porto que ocupou o espaço do antigo Solar do Vinho do Porto, perto dos caminhos do Romântico e com uma vista privilegiada sobre o Douro. Conseguiu ao fim de um ano a conquista da estrela no Guia Michelin de 2017.
Morada: Rua de Entre-Quintas, 220, Porto
Os restaurantes com uma estrela Michelin
100 Maneiras, Lisboa (Ljubomir Stanisic)
O 100 Maneiras foi uma das grandes surpresasde 2020. O projeto do chef Ljubomir Stanisic abriu em fevereiro de 2019 ao lado do homónimo espaço no Bairro Alto. O espaço era para ter sido inaugurado em 2018, mas as obras levaram ao adiamento. Nesse ano de muita luta para o chef, foi finalmente premiado com a aguardada primeira estrela Michelin da carreira.
O restaurante conta com três menus de degustação. O História (145€), o Conto (120€) e o Eco do 100 (125€). Todos podem ser harmonizados com suplemento de vinhos, que é pago à parte.
Morada: R. do Teixeira 39, 1200-459 Lisboa
Mesa de Lemos, Viseu (Diogo Rocha)
Foi uma das novidades no Guia Michelin de 2020. Se há quatro anos houve estrelas para o interior do País, como Guimarães e Bragança, em 2020 o prestigiado Guia passou por Viseu. A estrela ficou para as sugestões criadas pelo chef Diogo Rocha. O restaurante existe há oito anos e sempre se caracterizou pelo fine dining. Existem dois menus de degustação, um a 90€, e outro, mais completo por 115€, com sete momentos.
Morada: Quinta de Lemos, Passos de Silgueiros, 3500-541 Viseu
Vistas, Sesmarias (João Oliveira)
O restaurante em Vila Nova de Cacela sentiu com a saída do antigo chef, Rui Silvestre. Porém, isso não foi sinónimo de alteração no guia. O espaço manteve a estrela ganha em 2019, com uma cozinha virada para os produtos locais e da época.
Morada: Sitio Do Pocinho – Sesmarias, 8901-907, Vila Nova de Cacela
Al Sud, Lagos (Louis Anjos)
Depois de ter mantido a estrela Michelin no Bon Bon, no Carvoeiro, de onde saiu no final de 2020, o chef Louis Anjos regressou ao prestigiado Guia em 2022 e mantém a honra em 2023. O Al Sud está inserido no resort de luxo Palmares Ocean Living & Golf, aberto no início de 2021.
O restaurante foi inaugurado no início de junho 2022 e foram precisos poucos meses para o chef conseguir convencer os inspetores. Na carta são usados vários produtos da região. O peixe e o marisco estão em grande destaque. Entre os pratos que pode provar tem o atum com ostra da Ria de Alvor, o caviar com maçã, os noodles de porco com caldo do cozido, o robalo com arroz do Sado e mexilhão ou o carabineiro com toucinho. O Al Sud tem um menu especial de degustação. Existe a opção com oito momentos (69€), com 10 pratos (90€) ou o completo, com 12 opções (110€). O restaurante está neste momento encerrado para férias.
Morada: Campo de Golfe de Palmares, Odiáxere, Lagos
A Ver Tavira, Tavira (Luís Brito)
Foi uma das grandes surpresas do Guia Michelin 2022. O A Ver Tavira foi e é o primeiro restaurante desta cidade algarvia a entrar no Guia. O chef Luís Brito é o responsável pelo restaurante. Cláudia Abrantes é a sommelier. O menu junta as cozinhas mediterrânica e algarvia com várias influências contemporâneas. Os menus de degustação são algo recente no espaço. Existem três versões: A Viagem do Sabor (125€); Reflexão (70€); e o Vegetariano (60€). Apenas são servidos aos jantares.
Carabineiro, lombo de boi marinado cavala fumada, black angus, queijo de cabra, amêndoa, amendoim e mel são alguns dos ingredientes usados. A varanda é um dos pontos fortes do restaurante. Como se percebe pelo nome do projeto, consegue ter vista para esta cidade. O restaurante fica mesmo ao lado da entrada do castelo.
Morada: Largo Abu-Otmane, Calçada da Galeria, 13, Tavira
Fifty Seconds, Lisboa (Rui Silvestre)
Em 2018 tinha acabado de abrir há um mês quando foram anunciados os vencedores da edição 2019 do Guia. Ainda assim havia a esperança de uma entrada recorde. Um ano depois, saía mais uma estrela para Martín Berasategui — já tem mais de 10 a constelação do chef espanhol. No topo da Torre Vasco da Gama é o português Filipe Carvalho quem lidera a cozinha.
O restaurante fica a 120 metros de altura e tem propostas tão incríveis como mil folhas com caramelizado de foie gras e maçã verde, um clássico do chef, ou ostras com sumo de azeitonas verdes, emulsão de wasabi e algas crocantes.
Morada: Cais das Naus, Lote 2.21.01, Lisboa
Epur, Lisboa (Vincent Farges)
Demorou, mas foi. No início de maio de 2018, Vincent Farges abria finalmente o seu tão esperado restaurante no Chiado. As obras do Epur atrasaram, mas o espaço abriu e foi uma das entradas do Guia na edição 2020. Estrelas em Portugal não são novidades para o chef Vincent Farges. Já a tinha conquistado uma na Fortaleza do Guincho. No Epur existem vários menus de degustação. O mais barato custa 115€, o Inspirações. O mais caro fica a 140€, o Epurismo.
Morada: Largo da Academia das Belas Artes 14, Lisboa
Pousada, Bragança (Óscar e António Gonçalves)
De Trás-os-Montes para o mundo. Foram os irmãos Gonçalves que ajudaram, com a sua cozinha, a colocar a região na rota do fine dining e da melhor gastronomia do mundo, quando em 2019 conseguiram a entrada no Guia Michelin. Óscar Gonçalves é o chef responsável pela cozinha deste espaço em Bragança. Com o irmão, António Gonçalves, já teve outro restaurante, mas aqui as propostas são muito mais criativas e conquistaram os inspetores. Este é o projeto gastronómico da Pousada de São Bartolomeu.
Morada: Estrada do Turismo, 5300-271, Bragança
A Cozinha, Guimarães (António Loureiro)
António Loureiro foi considerado o Chefe Cozinheiro do Ano em 2014. Desde essa altura que está n’A Cozinha, em Guimarães. É o primeiro restaurante da cidade a entrar no Guia. Fica mesmo no centro histórico e apresenta uma cozinha moderna e criativa.
Morada: Largo do Serralho, 4, Guimarães
Midori, Sintra (Pedro Almeida)
É o segundo espaço no resort Penha Longa, em Sintra, a ganhar estrela Michelin. É um dos mais antigos restaurantes japoneses em Portugal e faz também parte do prestigiado Guia desde a edição 2019, que foi anunciada em Lisboa. Teve uma grande remodelação em 2012. Pedro Almeida é o responsável pela cozinha. O restaurante tem capacidade para 18 pessoas e dois menus de degustação onde são usados muitos produtos locais, o Kiri e o Yama.
Morada: Estrada da Lagoa Azul , Penha Longa, Sintra
Feitoria, Lisboa (André Cruz)
O restaurante do Altis Belém Hotel & Spa é uma das referências gastronómicas mais importantes de Lisboa. À sua frente esteve, durante muitos anos, o chef João Rodrigues, que sucedeu na cozinha ao chef José Cordeiro, na cozinha do Feitoria. Em 2022, nova mudança: a entrada de André Cruz, até então sous chef, para o cargo principal na cozinha. Formou-se na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril e está no Feitoria desde 2009. Passou também por cozinhas de outros países, da Bolívia ao Chile. À frente do espaço lisboa e no seu primeiro ano de prova, consegue manter o Feitoria no prestigiado Guia Michelin.
Morada: Altis Belem Hotel & Spa, Doca do Bom Sucesso, Lisboa
William, Funchal (Luís Pestana)
Luís Pestana é o chef executivo do restaurante e trabalha no William há mais de 25 anos. No Guia de 2017 o restaurante do histórico hotel Belmond Reid’s Palace foi uma das supressas ao trazer até ao Funchal mais uma estrela Michelin. Há vários menus de degustação para uma refeição completa. Custam desde 120€.
Morada: Estrada Monumental,139, Funchal
Pedro Lemos, Porto (Pedro Lemos)
O restaurante está na Foz Velha desde 2009 e conquistou uma estrela Michelin em 2014, numa altura em que nenhum espaço do Porto tinha tal distinção. O mérito é do chef que dá nome ao espaço e que renovou por completo o restaurante. A mudança parece ter agradado aos inspetores e acrescentou ainda um pormenor curioso: uma horta biológica no exterior, que fornece muitos dos ingredientes que o chef usa nos menus de degustação.
Morada: Rua Padre Luis Cabral, 974, Porto
Vista, Portimão (João Oliveira)
Era um dos restaurantes mais falados em Portugal para ganhar estrela nos últimos anos. Não chegou a ser em 2017, um ano bombástico para o País com várias novidades. Foi preciso esperar pelo Guia de 2018 para vermos mais um restaurante algarvio a ganhar uma estrela. João Oliveira está no Vista, o restaurante do Bela Vista Hotel & Spa, em Portimão, desde 2015 e passou antes pelas cozinhas do The Yeatman e Vila Joya.
Morada: Avenida Tomás Cabreira, Praia da Rocha, Portimão
Fortaleza do Guincho, Cascais (Gil Fernandes)
O restaurante do Hotel Fortaleza do Guincho foi inaugurado em 1998. Pela cozinha passou Antoine Westermann, que captou a atenção dos inspetores Michelin. Em 2011 conquistou a estrela Michelin que se mantém até hoje. Miguel Rocha Vieira foi também chef do Fortaleza, mas acabou por sair. Estava no restaurante desde 2015, altura em que substituiu Vincent Farges — que abriu o Epur, em Lisboa. Gil Fernandes assumiu o restaurante no final de 2018, já depois do anúncio do Guia para o ano seguinte, e tem mantido a distinção.
Morada: Fortaleza do Guincho, Estrada do Guincho , Areia, Cascais, Lisboa
Gusto, Almancil (Heinz Beck)
Há vários anos que a estrela Michelin escapava ao Gusto, o restaurante do hotel Conrad Algarve, em Almancil. A distinção chegou no Guia de 2018. O chef alemão Heinz Beck, mestre da gastronomia italiana, é o chef consultor, que já tinha estrelas no La Pergola, em Roma, e noutros espaços em que foi consultor em Itália e França. O hotel foi inaugurado em 2012 e o restaurante é especializado em comida mediterrânica.
Morada: Estrada da Quinta do Lago, Almancil
LAB, Sintra (Sergi Arola)
As estrelas Michelin para Sergi Arola em Espanha não são uma novidade. Já em Portugal recebeu a primeira para o LAB no Guia de 2017. Este foi o último restaurante que o chef inaugurou no Penha Longa Resort, em Sintra, em junho de 2015. Há menus de degustação, mas também várias sugestões para pedir à carta. Na carta de vinho tem mais de 550 referências, muitas delas nacionais.
Morada: Estrada da Lagoa Azul, Sintra
Largo do Paço, Amarante (Tiago Bonito)
O edifício histórico de Amarante é a casa do Hotel da Casa da Calçada. Lá dentro, esconde-se um dos melhores restaurantes do País, o Largo do Paço, que foi casa de muitos e prestigiados chefs portugueses. José Cordeiro conquistou a estrela Michelin em 2004. Ricardo Costa, hoje no The Yeatman, reconquistou-a. Seguiu-se Vítor Matos, atual chef do Antiqvvm, no Porto, também estrelado, e seguiu-se depois André Silva, o Chefe Cozinheiro do Ano em 2013.
Desde abril de 2017 que Tiago Bonito assume a responsabilidade da cozinha. Foi Chefe Cozinheiro do Ano em 2011 e passou antes pelo Tróia Design e Vilalara Thalassa Resort. Em 2016 chegou a Lisboa para abrir o Lisboeta, o espaço da Pousada de Lisboa onde agora se encontra o RIB. Continua o trabalho de manter este espaço no Guia.
Morada: Casa da Calçada, Largo do Paço, Amarante
Vila Foz, Porto (Arnaldo Azevedo)
É no interior do hotel Vila Foz, no Porto, que se encontra o restaurante com o mesmo nome. Os produtos do mar estão em grande destaque no menu criado pelo chef Arnaldo Azevedo. São os peixes e os mariscos da costa portuguesa o que mais encontra no menu. A antiga Casa Palaciana foi reconvertida em hotel e spa, o Vila Foz. Tem 68 quartos, muitos deles com vista para o mar.
Morada: Avenida Montevideu, 236, Porto
Loco, Lisboa (Alexandre Silva)
Alexandre Silva passou pelos restaurantes Bocca e Bica do Sapato, em Lisboa, mas foi no Loco que conseguiu trazer uma nova estrela para a cidade em 2017. Antes disso esteve também na abertura do restaurante do hotel de cinco estrelas Alentejo Marmoris. O chef tem ainda um espaço no Mercado da Ribeira. No Loco, na Estrela, há um menu de degustação: tem 16 momentos e custa 125€.
Morada: Rua dos Navegantes, 53B, Lisboa
Bon Bon, Carvoeiro (José Lopes)
Foi a grande surpresa na edição 2016 do Guia Michelin para Portugal. A estrela foi ganha pelo chef Rui Silvestre, que está agora no restaurante Vistas, também na região algarvia. Louis Anjos também passou por lá, mas ao atual responsável pela cozinha é José Lopes. Antes esteve no restaurante Macdonald Monchique Resort & SPA, também no Algarve. Existem dois menus de degustação aos jantares: o de 6 momentos (115€) e o de 9 momentos (140€).
Morada: Urbanização Cabeço de Pias, Carvoeiro
Eleven, Lisboa (Joachim Koerper)
Joachim Koerper perdeu a estrela no restaurante de Lisboa no Guia de 2011. Foi recuperada no Guia de 2014 e, desde então, nunca mais a perdeu de novo. Fica no topo do Parque Eduardo VII e tem uma das melhores vistas sobre Lisboa. O chef lançou um livro em outubro de 2019 com os 15 anos do espaço.
Morada: Rua Marquês de Fronteira, Lisboa
Cura, Lisboa (Pedro Pena Bastos)
Cedo se percebeu que o Cura seria uma das novas apostas de Lisboa para ganhar estrela Michelin. Tal não surgiu no ano em que abriu, em 2020. Chegou um ano mais tarde, referente ao Guia de 2022. O restaurante de luxo fica no interior do hotel Ritz, no Parque Eduardo VII. Pedro Pena Bastos, 31 anos, é o chef do projeto.
Passou pela Herdade do Esporão. Na altura tinha 25 anos e já era falado que poderia ganhar uma estrela. Não chegou a acontecer aí, nem no Ceia, um outro restaurante que teve em Lisboa. Em entrevista à NiT disse que não acordava todos os dias a pensar na estrela, mas gostava se tal acontecesse. Não foi preciso esperar muito pelo trabalho na capital para ver o nome inscrito no Guia.
Morada: R. Rodrigo da Fonseca 88, 1099-039 Lisboa
Esporão, Reguengos de Monsaraz (Carlos Teixeira)
O Alentejo volta a ter um restaurante no Guia Michelin. Depois da saída do L’And, em Montemor-o-Novo, o restaurante da Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, ganhou uma estrela. O projeto estava na mira dos inspetores desde que o chef Pedro Pena Bastos por lá mostrou alguma criatividade.
O chef Carlos Teixeira é o atual responsável pela cozinha do Esporão. Aqui é dado destaque aos produtos alentejanos e portugueses, sempre com um toque de criatividade nas técnicas usadas. A Herdade do Esporão conta com um projeto de enoturismo. Fazem produção de vinhos e azeites. A empresa é ainda responsável pela marca de cerveja artesanal Sovina. É um dos espaços com estrela Verde Michelin.
Morada: Apartado 31, 7200-999, Reguengos de Monsaraz, Évora
2Monkeys, Lisboa (Vítor Matos e Francisco Quinta)
O 2Monkeys abriu portas em julho de 2023 no Hotel do Torel, em Lisboa. O espaço liderado pelos chefs Vítor Matos e Francisco Quinta acrescenta diversão a toda a experiência de fine dining. Ali não existem opções à carta — apenas um menu de degustação de 14 momentos, que estão longe de estar fechados. Todos seguem o ritmo da natureza e vão mudando sazonalmente.
Morada: Rua Câmara Pestana, 23 1150-199 Lisboa
Desarma, Funchal (Octávio Freitas)
O galardoado Desarma abriu em maio de 2022 no topo do hotel The Views Baía, no Funchal. O nome do empreendimento em que se insere faz todo o sentido. Enquanto janta ou almoça, tem vistas desafogadas sobre toda a região.
Quanto à carta, o espaço surpreende com um exército de sensações — do amargo ao explosivo — disparadas a partir dos mais ingredientes mais tradicionais.
Morada: Hotel The Views Baía, Rooftop Rua das Maravilhas, 74 9000-177 Funchal
Ó Balcão, Santarém (chef Rodrigo Castelo)
Este restaurante faz lembrar aquelas antigas tabernas que conquistavam milhares de pessoas. Mas também tem um toque de contemporaneidade, graças aos azulejos vistosos. Os pratos surpreendem pelo seu requinte e cuidado na apresentação.
Na cozinha, o chef Rodrigo Castelo trabalha com produtos regionais e cozinha espécies invasoras para conseguir um equilíbrio no ecossistema. Foi graças a isto que ganhou a estrela verde no Guia Michelin Portugal 2024.
Morada: R. Pedro de Santarém 73, 2000-220 Santarém
Sála by João Sá, Lisboa (chef João Sá)
O Sála é, para muitos, um restaurante que requer uma visita obrigatória em Lisboa — algo que tem feito parte da essência do restaurante desde que foi inaugurado em outubro 2018.
O chef João Pedro Sá descreve o espaço como a sua própria sala de jantar. Aposta em ingredientes ricos e frescos como os vegetais, que ocupam mais de metade da ementa do restaurante.
Morada: R. dos Bacalhoeiros 103, 1100-068 Lisboa