Há cerca de três meses, o restaurante Kappo decidiu encerrar temporariamente para uma remodelação profunda, com a promessa de “transformar completamente a experiência oferecida”. E foi exatamente isso que aconteceu em maio deste ano.
O Kappo nasceu em Cascais, em 2021, por iniciativa de André Almeida e do sócio José Trocado. “A missão era unir a experiência de fine dining e cozinha tradicional japonesa e trazê-la até Cascais”, começa por contar André, um dos proprietários. Esta ideia viajou de São Paulo para Portugal através de José Trocado, após seis anos de trabalho no mercado brasileiro.
O objetivo era simples: tornar-se um espaço de referência da gastronomia japonesa em Portugal, respeitando as tradições nipónicas, mas incorporando elementos das experiências e influências do chef e da sua equipa. Tudo isto foi possível através da integração do chef Tiago Penão, que acompanha o restaurante desde a sua abertura.
“Até 2025, sentimos que o restaurante estava a passar pela fase inicial. Estamos a estabelecer o conceito junto dos cascalenses, mas eventualmente acabamos por sentir a necessidade de elevar a fasquia”, acrescenta.
Até então, o restaurante oferecia duas propostas de menu: um fixo, composto por vários momentos com pratos clássicos e algumas fusões, e o Omakase, onde a experiência gastronómica é conduzida pela criatividade do chef. A qualidade dos ingredientes sempre foi uma prioridade, utilizando produtos japoneses premium, como soja branca, mirin de 20 anos e molho de soja fermentado durante oito anos em barricas centenárias, além de peixe e mariscos frescos da costa portuguesa. Tudo isto mudou este ano.

Uma das primeiras decisões foi reduzir o número de lugares disponíveis. Em vez de 22, o espaço passou a ter apenas 12 lugares. Em simultâneo, foi abandonado o sistema de turnos, muito comum em restaurantes de sushi e japoneses. “Agora pretendemos dar ao cliente um serviço mais diferenciado e personalizado, que torna o jantar numa experiência de culinária diferenciada”, salienta o proprietário, de 47 anos. Desde o início até ao final, os clientes são os mesmos e a experiência dura entre duas horas e meia e três horas. “Em Cascais, não há nada igual“.
“Sempre tivemos dois objetivos presentes: o primeiro é satisfazer os clientes e o segundo passa por trazer a estrela Michelin para Cascais”. Desde o primeiro mês de funcionamento, o Kappo foi referenciado no Guia Michelin, no entanto, sentiam que precisavam de elevar a qualidade e o serviço para alcançar a tão desejada estrela. “Acredito que, eventualmente, será algo que irá acontecer”.
A equipa mantêm-se exatamente a mesma desde o primeiro dia. De quarta-feira a domingo os jantares começam às 20 horas, enquanto ao sábado e domingo há também almoços das 13 horas às 15h30, além do habitual jantar às 20 horas. “Sabemos que os nossos preços são elevados e, por isso, queremos oferecer uma experiência que esteja à altura. Será quase como uma aula de culinária japonesa à mesa”.
O próprio menu sofreu alterações. “A nossa proposta valoriza a natureza, a intimidade entre quem cozinha e quem recebe, e uma hospitalidade discreta e cuidadosa. A cozinha nasce em Portugal, inspira-se no Japão e celebra a memória através de criações simples, puras e verdadeiras”, explicam.
Agora poderá encontrar vários momentos repletos de sakizuke, tsukuri, mushimono, nimono, yakimono, nabemono, shokuji, edomae-zushi, mizumono e kanmi. O menu custa 135€ por pessoa e pode reservar a sua mesa online.
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