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Morning Matters: a marca criada por uma portuguesa que odiava café

Inês de Ayala achava-o muito “amargo e queimado” e não conseguia beber, nem acrescentando açúcar ou leite.
Inês tem 28 anos e agora gosta de café.

A relação de Inês de Ayala com o café foi de um extremo ao outro. Começou mal, mas tornou-se numa “paixão desmedida”. A jovem odiava a bebida e só começou a apreciá-la após uma viagem a Paris. Agora, criou uma marca, a Morning Matters, para mostrar que “o café pode ser mesmo bom”.

Até 2015, a gestora de redes sociais de 28 anos jurava a pés juntos que não gostava de café. Considerava-o “amargo e queimado”. Mas, na verdade, ainda não tinha experimentado o café certo para si. Na primeira viagem que fez a Paris, descobriu um conceito que por cá ainda não era muito conhecido — as cafetarias de especialidade com sabores mais frutados, a cacau ou caramelizados. “Foi lá que experimentei, pela primeira vez, um café que gostei”, conta.

Quando regressou, deu início a uma aventura que poderia também ser chamada de caça ao tesouro. O objetivo era encontrar um café tão bom como o que tinha bebido na capital francesa. Mas com pouco sucesso. Durante a pandemia aproveitou para investir na área e aprendeu a fazer café em casa. Após ter recebido, como presente de aniversário, um pequeno equipamento de café de filtro e grãos da marca La Cabra, já não havia volta a dar. “Fiquei viciada”, revela. Daí em diante desenvolveu um amor “inexplicável” pela bebida.

Os encontros com as amigas serviam para conhecer as novas cafetarias que, entretanto, invadiram Lisboa, e experimentar os cafés de especialidade que serviam. “Passei a ser a amiga que sabia tudo sobre café, a sua origem, a moagem e o sabor”, recorda. Fez ainda uma formação de barista e começou a partilhar o seu gosto nas redes sociais, onde também aproveita para aconselhar os melhores spots da capital para beber lattes ou capuccinos.

A par destas partilhas, Inês criou uma pequena rotina matinal. Começa o dia com um café que demora, garante, “precisamente quatro minutos a ficar pronto”. Aqueles primeiros momentos da manhã são uma “espécie de meditação”, que lhe dá força para enfrentar o resto do dia. E é essa experiência que quer partilhar com a The Morning Matters, lançada a 13 de fevereiro, no chamado “galentines day”, dedicado à melhores amigas.

“A marca foi pensada para as mulheres, da geração Z e Millennials. É tudo cor de rosa, como eu gosto e o objetivo é que seja mais do que café. O objetivo é transformá-lo numa rotina matinal”, refere.

café

Quando decidiu avançar com a marca, o primeiro passo foi escolher o café. “Em Lisboa havia duas torrefações que faziam revenda. Fiz uma prova para perceber de qual gostava mais.” O sabor era importante, claro, mas Inês procurava algo mais: a garantia de qualidade e um negócio justo para clientes e para fornecedores.

Optou por um café com origem no Brasil, na Serra do Caparaó, produzido por Juverci Gabriel do Sítio Bela Vista Cafés. Os grãos são apanhados à mão e depois expostos em camas ao sol para secarem. “É o método mais natural e mais antigo também. O sabor acaba por ficar mais frutado por isso”, explica a gestora de redes sociais. Mais tarde, os grãos são enviados para Lisboa onde são torrados na TORRA. “Decidi por um café com um perfil simples, que fizesse uma boa transição do sabor tipicamente português. E que qualquer pessoa conseguisse preparar em casa e obter um bom resultado”, sublinha.

Depois escolheu “um packaging bonito” e preparou a estratégia de comunicação do produto. “A Morning Matters acabou por se tornar numa extensão da minha personalidade e um escape criativo para miúdas com um perfil semelhante.” Inês de Ayala quer incentivar outras pessoas a adotarem as slow mornings e, por isso, pretende lançar mais novidades relacionadas com este tipo de rotina.

O café pode ser comprado no site da marca e está disponível em várias moagens, adaptadas a diversos tipos de cafeteiras. Uma embalagem de 250 gramas, custa 14,90€. Relativamente aos acessórios, a oferta inclui equipamentos para a V60 vermelhas e cor de rosa (6,99€), uma tote bag (12€) nos mesmos tons e uma chávena que permite preparar a bebida (19,95€). Caso opte por esta última, a moagem escolhida deve ser a prensa francesa.

@morningmatters_

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♬ Walking Around – Instrumental Version – Eldar Kedem

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