Humberto II foi o último monarca reinante de Itália e tinha também uma grande ligação ao nosso País. Morou em Cascais, durante um longo período, incluindo 11 anos na residência da família Pinto Basto. Quando um grupo de fiéis monárquicos italianos soube do seu paradeiro, contribuíram para a construção de uma casa definitiva para Humberto onde atualmente se ergue o hotel Villa Itália.
Durante várias décadas, a casa do Rei de Maio, o seu cognome, recebeu algumas das festas mais luxuosas da Grande Lisboa, sempre com uma vista fantástica sobre a baía de Cascais. Um atributo que se manteve no hotel que foi inaugurado, naquele espaço, em 2004. Ali, também encontra o Belvedere, um restaurante que serve, claro, pratos italianos.
O espaço encerrou em março de 2020, devido à pandemia da Covid-19. Ao contrário de muitos outros, porém, não voltou a abrir quando as medidas implementadas pelo Governo começaram a aligeirar. Após um hiato de três anos, foi em setembro deste ano que reabriu as portas. “Estes três anos serviram para repensar o espaço e como poderia ser melhorado. Foram feitas remodelações na forma como se apresenta, o que resultou na afinação do conceito com uma nova decoração mais sofistica e envolvente”, conta Rogério Castanheira, gerente do hotel.
Agora, o Belvedere “privilegia a vista absolutamente fantástica sobre o oceano que banha a baía de Cascais”, num ambiente que pode ser descrito numa única palavra: luxo. Apostou num estilo mais clássico, nos tons sóbrios, mas, claro, “com detalhes elegantes”, tal como o Rei Humberto II gostaria. As plantas colocadas ajudaram a criar uma “envolvência mais confortável”, descreve. Tem 74 lugares (36 no interior e 38 no terraço).
Também a carta está diferente. Criada por Luís Sousa, chef executivo da unidade hoteleira, passou a prestar uma especial atenção “à escolha de ingredientes autóctones e à autenticidade das receitas”, quase como se fossem preparadas por uma avó italiana que sempre viveu naquele país. Para começar a refeição, pode pedir grissini, focaccia, pão de azeitona ou manteiga. Cada uma destas propostas custa 6€. Entre as sugestões de pratos principais encontrará frito misto do mar (22€), carpaccio de novilho (23€), camarão tigre grelhado (28€), burratina de puglia (17€), entre muitos outros.
Sendo este um espaço que “trabalha os clássicos da gastronomia italiana”, as pastas não poderiam faltar. Linguine com lavagante (39€), esparguete com tinta de choco (26€) ou rigatoni com bochecha de porco fumada, pecorino romano e pimenta (22€) são algumas das possibilidades. Como sobremesa pode optar entre tarte de limão e merengue (10€), pannacotta de baunilha e compota de ruibarbo (8€), tiramisu (12€) ou sorvetes e gelados artesanais (5€ cada bola).
Rogério Castanheira também destaca a carta de vinhos, todos eles italianos, “cuidadosamente selecionados para acompanhar os sabores” apresentados no Belvedere. A carta foi criada por Rodolfo Tristão, sommelier que ganhou diversos prémios no nosso País e internacionalmente. Os preços por garrafa oscilam entre os 25€ e os 178€.
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