O Gobb’s Rio surge, na zona de Tires, como um verdadeiro templo da cultura afro-brasileira. Criado por Alyne Macedo, natural do Rio de Janeiro, o espaço nasceu do desejo de unir as raízes brasileiras e portuguesas num ambiente cheio de energia, onde a gastronomia e a música se encontram para proporcionar uma experiência dinâmica aos clientes.
Alyne, 45 anos, é apaixonada por samba e pelas tradições afro-brasileiras. “Eu vim do samba”, declara com orgulho. O seu objetivo ao criar o Gobb’s Rio foi construir um local que representasse o cruzamento de diferentes etnias que o Brasil tem, combinando influências indígenas, africanas e europeias.
Advogada de formação e com mais de 20 anos de carreira, morou em diversos países antes de decidir fixar-se em Portugal. “Morei em França, Alemanha, Holanda, Turquia e Itália. Estive em Portugal em 1998 com os meus pais, mas quando voltei em 2017, percebi que aqui era o meu lugar. Cascais é o meu lugar”, afirma.
O Rio de Janeiro, berço do samba, serviu de inspiração para o conceito do restaurante. “O que eu quis trazer para cá era uma unificação entre as colónias que foram colonizadas pelos portugueses. O Rio tem muito disso. A feijoada é de lá, a caipirinha é de lá, o samba é de lá”, explica Alyne.
O restaurante, que abriu a 18 de janeiro, tem uma proposta clara: ser um ponto de encontro para brasileiros, portugueses, africanos e todos aqueles que apreciam a cultura e a culinária carioca.
“Quando eu vi esse lugar, falei: não parece um restaurante, parece uma casa. Os azulejos no chão e no balcão fazem todo o sentido. Era tudo que eu queria”, conta a empresária. O espaço tem esplanada, mas ainda vai sofrer algumas alterações para ficar mais acolhedor.
O Gobb’s Rio está localizado em Tires, uma região que, segundo Alyne, carece de opções de entretenimento. “Aqui não tem nada. Cascais tem, Carcavelos tem, mas Tires não. Então eu falei: é aqui”, relembra.
Mesmo aberto há pouco tempo, o restaurante tem sido um sucesso, especialmente entre os clientes que procuram uma experiência gastronómica e cultural diferenciada. “As pessoas que vêm aqui falam que isso parece a Lapa, um bairro icónico do Rio de Janeiro”, confessa Alyne.

Um dos destaques do espaço são as opções inovadoras da carta, como os cachorros-quentes temáticos, inspirados nas regiões do Brasil. Gobb’s Costela (9,50€/11€ com menu), Gobb’s Paulista (8€/9,50€ com menu) e Gobb’s Bahia (7€/8,50€ com menu).
O restaurante também tem hambúrgueres: Gobb’s Burguer Carioca e Gobb’s Burguer Bacon (8,50€/10€ menu), Gobb’s Burguer Bacon Duplo (10€/11,50 menu) e Gobb’s Burguer Salada (8€/9,503 menu), e ainda petiscos como as batatas da casa com queijo cheddar e bacon (8€) ou a salada Ipanema (8€).
Ao domingo, é servida a tradicional feijoada, a partir das 13 horas, seguida de música ao vivo às 15 horas. No campo das bebidas, há opções como a bebida do “Seu Zé” (8€), inspirada em Zé Pilintra, entidade está retratada no logo do restaurante, além de outras batizadas com nomes de pontos turísticos cariocas, como “Copacabana” (8€) e “Leblon” (8€).
A equipa da NiC passou por lá para experimentar o famoso hot dog Gobb’s Carioca (5€ / 6,50€ com menu), e garantimos que é uma escolha imperdível. Servido num pão macio, recheado com linguiça suculenta, mozzarella derretida, tomate fresco e cebola crocante, este cachorro-quente é uma explosão de sabores. Para acompanhar, batatas fritas caseiras crocantes e um refrigerante, completaram a experiência.
O Gobb’s Rio é, além de um espaço que une cultura, também um local aberto à religiosidade. No local, há um altar dedicado aos orixás e santos do catolicismo, refletindo a forte influência da religião de matriz africana na cultura brasileira. “Muitas pessoas têm vergonha de dizer que fazem parte disso. Eu, não. Eu tenho orgulho”, afirma Alyne.
O restaurante funciona de terça a domingo e, aos sábados, há música ao vivo a partir das 19 horas. O samba e o pagode são presença garantida no Gobb’s Rio, especialmente aos fins de semana. No entanto, se a meio da semana lhe apetecer aproveitar comida brasileira enquanto alguém toca um pagode, o restaurante também tem musica ao vivo à quarta-feira, a partir das 19 horas. “Temos MPB, samba e pagode. É um lugar completo, onde você pode comer, beber, ouvir boa música e se sentir em casa”, diz a empresária.
Hoje, com o Gobb’s Rio, Alyne sente que está a cumprir uma missão. “Eu vejo os portugueses consumindo a nossa cultura e percebo que estou a integrar as pessoas. Um dia, tudo isso foi discriminado, e hoje é celebrado. Estamos todos juntos, somos um só”, conclui.
O Gobb’s Rio quer, assim, ser um ponto de referência para quem deseja viajar para o Brasil, sem sair do concelho de Cascais. Seja pela música, pela gastronomia ou pela energia vibrante, o restaurante promete conquistar cada vez mais clientes.
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