A Taberna Clandestina, inaugurada em 2016, é um dos restaurantes mais concorridos da Rua Amarela, um dos locais mais trendy de Cascais. Três anos depois, a família cresceu: a Cantina Clandestina abriu em 2019 e, em junho deste ano, juntou-se um novo elemento, o Mana. Como não podia deixar de ser, não mora longe: fica a cerca de 20 metros dos dois primeiros.
Os responsáveis pela novidade da vila foram, mais uma vez, Francesco Galletti, Luís Telles da Silva, Miguel Schmidt Lino, Rodrigo Bispo e Inês Brigantim. Adquiriram o espaço, onde se servia comida marroquina, há cerca de um ano. Com a invasão do Mana, o conceito mudou — e com as Clandestinas só partilha o parentesco.
“Queríamos fazer algo diferente, mas com os traços pelos quais somos conhecidos, como a simpatia do staff, ingredientes e receitas fora da caixa”, conta Francesco. A carta também se distingue bastante dos projetos anteriores. Enquanto a Taberna e a Cantina se focam em pratos de Itália e Portugal, o novo spot expande a oferta a todo o Mediterrâneo. Há propostas de países como Espanha, França e até do Médio Oriente.
O grande destaque são, porém, as pinsas (entre 11€ e 16€). “É um prato muito antigo que já era apreciado pelos romanos. É, essencialmente, o antecessor das pizzas e são uma novidade em Cascais”, garante o sócio. O aspeto é diferente (estas são ovais) e o modo de confeção também difere.
A massa, por exemplo, é produzida com uma mistura de três farinhas: trigo, arroz e soja. “Isto confere uma base que se hidrata muito mais, tem menos glúten e gordura. São propostas que se digerem muito bem”, aponta o italiano. Há toppings como mozzarella, manjericão, rúcula, presunto, atum, salmão fumado, burrata, entre muitos outros.
Além das pinsas, há muitos outros pratos que tem de provar naquele novo spot. O bife tártaro (15€) e o magret de pato (16€) — que vem com espargos, romã e puré de cherovias — são algumas das opções.
Quer esteja no interior ou na esplanada (há 30 lugares em cada uma destas áreas) há outras propostas que caiem sempre bem. Os biqueirões fritos (9,50€), os risottos (desde 14€), o spaghetti com choco, raspas de laranja e malagueta (14€) e o fateh de borrego com molho de iogurte e tahini (14€) são prova disso mesmo — e também mostram os diferentes países que inspiraram a carta do Mana.
O espaço prima pela vibe jovem e com uma decoração inusitada e urbana por excelência. O interior foi assinado pelo street artist Francisco Camilo, que criou diferentes obras cheias de cor, transformando o Mana uma verdadeira estação de Metro — afinal, o restaurante quer tonar-se “uma paragem obrigatória” em Cascais.
Mana, o nome escolhido para o restaurante tem uma mensagem feminista por detrás. “É uma representação da figura da mulher forte, independente, que sabe bem o que quer e com a qual ninguém se mete. E, em termos mais pessoais, é a nossa forma de representar os bons exemplos de manas que temos e tivemos na nossa vida”, confessa.
E ficando o restaurante a poucos metros da trendy Rua Amarela, é normal que também tenha algumas opções para quem quer apenas ficar a beber uns copos enquanto ouve a música dos DJs convidados. Um dos destaques é o Fresh Start (8€), com rum, pepino, ananás e limão.
“O feedback dos clientes tem sido extremamente bom, e rapidamente entrámos no top dez do TripAdvidor”, afirma, orgulhoso, Francesco. Abriram de forma bastante discreta para saberem se o conceito funcionava. “Queríamos apostar mais no ‘passa a palavra’ para percebermos se as pessoas gostavam realmente do nosso espaço. Vimos que alguns clientes voltam em grupos diferentes para poderem mostrar aos amigos o restaurante que tinham encontrado”, afirma.
Para não cederem à monotonia, no futuro terão mais música ao vivo, jantares temáticos e degustações de diferentes sabores e vinhos. “Vamos ter muitas atividades diferentes. Não queremos apostar só no serviço normal”, conclui o sócio-gerente.
Carregue na galeria e fique a conhecer melhor o novo Mana.
