“Comida real para pessoas reais”. É este o mote do mais recente projeto de Eduardo Volpato, o brasileiro que nos últimos anos tem apostado na área da restauração no nosso País. A inspiração do Vivre, o novo spot em Cascais, surgiu durante uma viagem do fundador à comuna de Grenoble, em França, conhecida pela qualidade de vida e pela forma como os residentes estão em constante contacto com a natureza.
Ali, descobriu que a esperança média de vida era de 90 anos graças à alimentação e a esta ligação com o meio ambiente. Foi assim que o também fundador do Seventh, o brunch que conta com um espaço em Cascais, decidiu criar um novo conceito.
“Se formos analisar o regime alimentar deles não é necessariamente vegetariano nem vegano, mas comem coisas naturais e da época, ou seja, alimentos que vão proporcionar uma qualidade de vida às pessoas, que acabam por viver mais”, começa por explicar à New in Cascais o empresário de 49 anos.
Foi assim que decidiu, mais tarde, apostar num novo conceito com o Vivre, que abriu em soft opening a 5 de setembro e, mais tarde, oficialmente. “Além do Seventh, queríamos criar dentro do nosso grupo uma rede que fosse um conceito de comida saudável”, partilha. “Temos muitos produtos veganos que não são vendidos por serem vegan, mas sim por serem bons.”
Para conseguir atingir a perfeição, Eduardo contou com a ajuda da chef brasileira Amábile Kolenda, formada em Gastronomia e especializada em culinária funcional com mais de dez anos de experiência e mais de 130 mil seguidores nas redes sociais. “Ela desenvolveu a nossa ementa. Queria justamente uma visão que tivesse pratos que, depois de prová-los, nos fizessem sentir mais leves e felizes”, aponta.
Além de Amábile, o fundador frisa que o segredo do sucesso está nos funcionários que fazem parte da família do Seventh e, mais recentemente, do Vivre. Todos os que trabalham nos dois restaurantes têm a possibilidade de crescer. “O meu funcionário de mesa entende que logo vai ter o próprio negócio, restaurante ou o que quer que seja o sonho da vida dele”, revela.
Uma das missões do brasileiro é “ensinar os portugueses a empreender”. “Quero, de uma certa forma, plantar esta semente na cabeça das pessoas. Trabalhamos muito a questão do colaborador porque para termos um atendimento de excelência, o funcionário tem que estar feliz e sentir-se valorizado.”

É o local ideal para comer sozinho ou acompanhado
Rute Granado, de 26 anos, é uma das responsáveis pelo novo espaço. Desde que o restaurante abriu, a coordenadora tem tido uma ótima aceitação por parte dos clientes.
“Nós vimos que Cascais era uma cidade que estava a precisar de um conceito deste género. Temos aqui um público muito português, mas também há algumas pessoas que vieram do exterior e que vivem ali, nomeadamente britânicos, franceses, espanhóis e também brasileiros”, refere.
O Vivre tem capacidade para 50 pessoas no interior e 40 no exterior, numa esplanada muito convidativa onde os animais de companhia também podem aproveitar uma tarde especial com a família.
Rute conta à NiC que um dos pratos bestseller da casa é o lombo de vitela panado em farinha panko, servido com molho de tomate assado e queijo mozzarella, arroz selvagem com curcuma e avelãs tostadas, farofa de panko e salsa (15€). Outro favorito é o Cacusso, um filete de tilápia grelhado servido em cama de puré de batata-doce laranja, vinagrete com sementes de girassol e azeite de ervas, que custa 14€.
Nas entradas, pode optar pela Espiga, costeletas de milho cozido marinadas em raspas de lima e paprika fumada, servidas com maionese vegan de lima, (7€) e o Haram, queijo halloumi grelhado servido com vinagrete de tâmaras, salada de tomates marinados, manjericão, sarraceno crocante e pão de fermentação natural (8€).
Quanto às sobremesas, a Musa Banana grelhada, com crocante de nozes, gelado artesanal e doce de leite feito com millet e açúcar de coco (7€), e a Amazónia, a tarte com recheio de caju e coco, calda de açaí e frutos vermelhos à base de aveia (8€), são duas das várias sugestões que prometem ser o remate perfeito.
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