Para a designer brasileira Mônica Rosenzweig, as joias com pedras preciosas são mais do que meros acessórios. São capazes de destacar traços da personalidade de cada pessoa, expressar emoções “e contar uma história única sobre quem as usa”, refere a artista. É no seu atelier, no Estoril, que produz anéis, brincos, colares e pulseiras, alguns da sua autoria, outros feitos a pedido dos clientes. Entre as diferentes propostas, estão peças de valores mais acessíveis, para serem usadas no dia a dia, mas também de gama alta, para datas especiais.
É o caso do colar “Peixe Paraíba”, que faz parte da seleção de fine jewellery, da marca que leva o nome da designer. A peça é feita com Turmalina Paraíba, conhecida pela vibrante cor turquesa, apontada como uma das pedras preciosas mais raras do mundo. “É uma gema tipicamente brasileira. Com uma cor inconfundível, só é encontrada em cinco minas no mundo, sendo que três delas estão no Brasil, de onde saem os exemplares mais valiosos”, refere Mônica Rosenzweig.
A Turamlina Paraíba descoberta, nos anos 80, na zona que lhe deu o nome, ou seja, na Paraíba, no nordeste do Brasil. Foi também encontrada no estado do Rio Grande do Norte e, fora do Brasil, em Moçambique e na Nigéria. A terra natal continua a ser uma forte inspiração para Mônica, natural do Rio de Janeiro. A natureza, o mar e os animais marinhos são temas presentes nas joias que produz e esta peça é a prova disso.
“É um colar em ouro de 18 quilates, com um pendente em forma de peixe. Combinando a beleza exótica da Turmalina Paraíba com a elegância da opala e o brilho do ouro, essa criação proporciona uma experiência deslumbrante de luxo e sofisticação”, refere a designer. “Foi especialmente criado para mulheres que procuram joias requintadas e exclusivas”, garante.
A peça, que faz parte da coleção de luxo da marca, custa 4.000€. Encontra-a no site da Mônica Rosenzweig Jewelley. Pode também combinar com a designer uma visita ao atelier, situado no número 188 da Rua dos Cedros, no Estoril.
A vinda para Portugal e a paixão por amuletos da sorte
Foi do pai que Mônica herdou a paixão por joias, já que este teve uma oficina quando era mais nova. Na faculdade, decidiu seguir Desenho Industrial, mas esse fascínio por pedras preciosas fê-la tirar, depois, um curso de desenho de joias. Acabou por ir para Nova Iorque tirar uma formação de classificação de diamantes no GIA (Gemological Institute of America) e nunca mais parou.
Há sete anos decidiu mudar-se para Portugal, o que acabou por alterar um pouco o rumo do seu trabalho. “No Brasil, eu desenhava, fazia todo o desenvolvimento, mas não tinha uma oficina como tenho aqui, que me permite fazer o que eu quiser, na velocidade que quiser. Faço também muitas joias sob medida. Por exemplo, se as pessoas têm uma pedra e uma peça em mente, fazemos o processo todo em conjunto para criar esse projeto. E ter este atelier é o que me permite fazer isso”, contou à NiC. Os acessórios personalizados e a nova vida de joias antigas que os clientes queiram transformar são parte importante do negócio.
Já nas peças da sua autoria, deixa que a inspiração a guie, sendo influenciada também pela religião, pelo amor e pelo fascínio que tem por amuletos e cristais. “Já fiz cursos sobre amuletos, é uma fonte de inspiração inesgotável. Vou muito a museus e fico a observar. Cada cultura tem os seus amuletos, desde o universo egípcio aos maias, são muito ricas e é um tema que adoro”, revela.
Mônica escolheu o Estoril pela tranquilidade da zona e a proximidade ao mar. É ali que vive e onde está situado o seu atelier. “Sou carioca, fazia surf, corria na praia, a minha vida sempre foi muito praiana. Daí a minha primeira inspiração serem as cores azul, verde, as figuras marinhas. Mas também me inspiro muito nas minhas viagens”, conta a designer.
Leia a recente entrevista da NiC à designer de joias. Para conhecer outras peças criadas por Mônica Rosenzweig, carregue na galeria abaixo.
