O guarda-roupa de Carolina Faustino, de 28 anos, inclui uma vasta coleção de biquínis de marcas portuguesas. Como passava tantos dias nos areais, a alentejana gostava de estar atenta a todos os lançamentos que surgiam no mercado nacional.
Um dia, durante a pandemia, decidiu que era a sua vez e começou a desenhar os primeiros modelos. Com o fim dos confinamentos, regressou ao trabalho no aeroporto e a ideia acabou por ficar em stand by até que, este ano, voltou a tirar os esboços da gaveta.
“Sempre gostei muito de praia, mas não costumo consumir marcas de fast fashion. Gosto de ter algo que seja único e com mais qualidade”, conta à NiT. Foi isso que a motivou a dedicar-se ao swimwear e a preencher algumas lacunas que ainda existiam no mercado.
A 24 de junho, a lista de marcas nacionais passou a incluir a aMar.te. As propostas são desenhadas a pensar em quem procura roupa de banho minimalista e sustentável, com designs clássicos, cores neutras e padrões minimalistas — mas alguns cortes fora do vulgar.
“Senti que havia uma falha em Portugal, porque muitas marcas não fazem tamanhos maiores ou mais pequenos”, acrescenta. O objetivo é que, desde a primeira coleção, a oferta continue a aumentar para dar resposta às necessidades de todas as mulheres.
Embora seja um projeto recente, Carolina destaca a resposta positiva que os triquínis têm recebido. É o caso do modelo Paradise, uma proposta assimétrica e de cintura subida, que conta com uma alça fixa e uma torção na zona do soutien, criando um efeito arrojado.
Outros bestsellers incluem o fato de banho preto e branco Elegance que, apesar de estar em pré-venda, tem recebido vários comentários; e o biquíni Charisma, que conta com a mesma torção que dá origem a uma alça drapeada e assimétrica, que fica pelo ombro.
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“O mercado português ainda tem muitas propostas iguais, sempre com muitos padrões. Acho que o facto desta coleção ter tido uma boa resposta nesta última semana têm a ver com o facto de se distinguirem nos detalhes”, refere a fundadora.
Todos os desenhos foram pensados por Carolina a partir de casa. Sempre que surgia uma ideia nova, agarrava num caderno e tentava dar-lhe vida. Concluídos os esboços, que exigiram várias tentativas, as peças são produzidas numa fábrica no norte do País, mais precisamente em Guimarães.
O nome surgiu durante um destes momentos à frente da folha de papel. “Era madrugada e quando estava a tentar escolher quando surgiu este, porque remete para o ato de amar o outro, o amor enquanto sentimento e o mar, claro, por ser dedicada ao swimwear.”
Apesar do sucesso da primeira coleção, a criativa já está a pensar no futuro. O objetivo é alargar a linha a uma coleção masculina e criar saídas de praia para complementar os biquínis. “Tudo o que tenha a ver com moda de praia faz sentido para mim”, conclui.
Os modelos estão disponíveis no site da aMar.te entre os 80€ e os 98€. Carregue na galeria para ver alguns dos exemplos.