compras

Lurdes Silva abriu uma loja na Parede há 30 anos. Hoje, continua a vestir as cascalenses

A NiC falou com a fundadora da Paty, um espaço multimarca que, inicialmente, se instalou no Centro Comercial da Parede.
Lurdes Silva é a proprietária da loja.

Celebrar o 30.º aniversário é, para grande parte das pessoas, um momento simbólico que não pode passar em branco. Quando falamos de marcas, lojas e projetos, esse número ganha ainda mais valor, pois sabemos que, no mundo dos negócios, nem sempre é fácil manter um espaço aberto ao público durante tanto tempo. No concelho de Cascais, há várias lojas que acompanham gerações e a Paty é uma delas. 

Situada na Avenida da República, na Parede, a concept store é gerida por Lurdes Silva, 56 anos, que desde o início quis criar uma loja dedicada à moda feminina. “Comecei por vender malas e artigos de viagem, carteiras, cintos, brindes e tudo o que era relacionado com pele. Na altura vendiam-se muitas canetas e tudo o que eram caixinhas em pele, como caixas de relógios ou de charutos”, começa por contar.

“Depois veio a loja dos trezentos e começou a mexer um bocado com os brindes. Fomo-nos adaptando. Quando começaram a chegar as lojas dos chineses, que vendiam as imitações das carteiras, começámos a introduzir peças de roupa, também para dar resposta ao que os clientes nos pediam. Eram só uns pequenos apontamentos, muito pouco”, revela a proprietária. 

O primeiro espaço da Paty foi inaugurado em 1994, no Centro Comercial de Parede. O nome foi escolhido em homenagem a Patrícia Silva, filha de Lurdes. A ideia de abrir uma loja surgiu naturalmente. “Sempre fui muito empreendedora mas trabalhava para outra pessoa e não via evolução. Achava que podia dar mais, que podíamos trabalhar mais, então achei por bem abrir o meu negócio. Na altura, fiquei com o espaço que era do meu patrão, e abri a loja para mim, com a ajuda do meu marido, com quem estou casada há 33 anos”, conta.

Com vontade de fazer crescer o negócio, 17 anos depois, mudou-se para uma loja de rua, onde ainda está hoje. Foi fidelizando clientes e, foram elas, que permitiram que o negócio continuasse aberto durante a pandemia da Covid-19, uma época que Lurdes recorda como sendo das mais difíceis no percurso da Paty.

“Nessa altura tive de me reinventar, porque tinha acabado de receber mais de metade de uma coleção, no valor de milhares de euros e, no espaço de três dias, tivemos de fechar. Tive de arranjar uma solução, e comecei a recorrer às redes sociais e a fazer um atendimento personalizado às minhas clientes, por videochamada. Quando foi permitido, comecei a entregar as encomendas, ou a deixá-las à porta, para as clientes virem buscar”. 

Hoje, a Paty é um espaço bem estabelecido na zona. A lojista conta à NiC que até já atende as filhas das suas primeiras clientes. “É muito engraçado atender jovens que, na altura, eram miúdas que vinham à loja com as mães”, partilha. “Uma delas, que devia ter uns 13 anos, chegava à loja, ainda no Centro Comercial, e nunca entrava, porque dizia que não havia nada de que gostasse. Neste momento, é minha cliente e acha estranho o facto de algum dia ter tido essa opinião”. 

Ao olhar para o percurso da Paty até aqui, Lurdes Silva orgulha-se de ter conseguido transformar uma ideia numa loja de pronto-a-vestir de sucesso. Atualmente, tem disponível uma enorme variedade variedade de peças, desde calças, a vestidos, sapatos, túnicas, acessórios e outros artigos de diferentes marcas, nacionais e internacionais. E, se precisar de ajudar para escolher os outfits, pode contar com a experiência da responsável, numa consultoria de moda que, garante, é cem por cento sincera.

Entre as marcas presentes no espaço, a Rüga com selo nacional — é, não só a responsável pela introdução de peças de roupa na loja, como também é uma das mais adoradas pelas clientes, que são fãs dos artigos de bijuteria e das botas Ugg. Os preços variam, segundo Lurdes, em função das marcas e da qualidade dos artigos. “Nós temos qualidade e isso paga-se. Temos por exemplo, carteiras e casacos de pele que podem chegar aos 100€ ou aos 200€. Mas também temos brincos a 6,90€”.

Trinta anos depois de abrir portas, Lurdes garante que o negócio corre bem e que continua a gostar do que faz, uma vez que “ajuda a aumentar a autoestima de muitas mulheres”. As perspectivas para o futuro são boas. “Ainda me vejo na loja por largos anos, porque acho que o negócio tem pernas para andar e porque é uma coisa que eu gosto muito de fazer. Gosto muito da minha loja, muito mesmo”, conclui. 

Carregue na galeria e veja imagens da festa dos 30 anos da Paty e de alguns dos artigos que pode encontrar na loja.

ver galeria

MAIS HISTÓRIAS DE CASCAIS

AGENDA