Após anos de dificuldades, a norte-americana Tupperware formalizou a sua falência na terça-feira, 17 de setembro, devido a um endividamento superior a 630 milhões de euros. A declaração foi planeada ao longo de várias semanas e resultou de intensas negociações com os credores.
A empresa pretende solicitar ao tribunal autorização para iniciar a liquidação das suas operações, embora mantenha a pretensão de continuar a operar, adianta a BBC. A Tupperware é uma daquelas marcas cujo nome tornou-se sinónimo de um produto: recipientes plásticos para armazenar alimentos que prometiam prolongar a durabilidade dos mesmos. Fundada em 1946 por Earl Tupper, no Massachusetts (EUA), a empresa rapidamente se estabeleceu em muitos outros países.
Os sinais de declínio da empresa eram evidentes, especialmente em Portugal, onde, em 2022, a fábrica instalada em Constância, que operava há mais de quarenta anos, avançou com despedimentos sucessivos. A situação era semelhante em muitas outras geografias.
Em 2023, a Tupperware alertou para a possibilidade de falência se não conseguisse atrair novos investidores. O aumento nos preços das matérias-primas, a par com os elevados salários e custos de transporte, comprometeram as margens de lucro, tornando a continuidade do negócio quase insustentável.
“Ao longo dos últimos anos, a posição financeira da empresa foi severamente impactada pelo desafiante ambiente macroeconómico”, concluiu a CEO da Tupperware, Laurie Goldman.