A onda dos remakes na indústria cinematográfica continua e parece que o fenómeno não se faz sentir apenas em Hollywood. Também os realizadores franceses têm apostado na recriação de histórias já populares. O mais recente caso é “O Salário do Medo”.
O filme estreou na Netflix na passada sexta-feira, 29 de março, e já conquistou o top mundial. Em Portugal, é a segunda produção mais vista na plataforma. Está atrás de “O Coração do Caçador” e já ultrapassou obras como “Um Desejo Irlandês” e “A Donzela”.
Trata-se do remake de um sucesso do mesmo nome que foi lançado em França em 1953. Tornou-se num dos favoritos dos críticos daquele ano e levou o prémio de Melhor Filme na oitava edição dos British Academy Film Awards.
A história acompanha uma equipa que precisa de levar um camião de nitroglicerina por um deserto perigoso para impedir uma enorme explosão num poço de petróleo que ameaça matar os habitantes de um campo de refugiados.
O êxito que está a ser entre os espectadores não se reflete nas críticas que “O Salário do Medo” recebeu até agora. O original conta com uma pontuação perfeita de 100 por cento no Rotten Tomatoes, enquanto o remake tem 20 por cento.
“Nunca há a sensação de que qualquer uma das pessoas no filme, mesmo quando estão à beira da morte, sejam outra coisa se não atores em ação. Nada parece ter vida. Pega na estrutura narrativa de um filme que foi feito com perfeição e elimina tudo o que o fez funcionar”, diz o “Collider”.
O elenco conta com Franck Gastambide, Alban Lenoir, Sofiane Zermani, Ana Girardot, Bakary Diombera, Astrid Whettnall, Alka Matewa, entre muitos outros.