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Coala Festival chega a Cascais em junho de 2024 — Gilberto Gil é cabeça de cartaz

O evento brasileiro estreia-se em Portugal, com uma programação dedicada à música lusófona. Kalaf Epalanga faz parte da curadoria.
Fotografia: Facebook de Gilberto Gil

Começamos por deixar um conselho de amigo: o ideal é começar já a poupar dinheiro para conseguir comprar bilhetes para todos os concertos e festivais de música que não quer perder no próximo ano. É que, para além dos que já existem e levam, todos os anos, o público português ao delírio com cartazes de sonho, em junho chega mais um para nos dificultar a agenda. Aponte já as datas: acontece nos dias 1 e 2 de junho. 

Apesar de ser a primeira edição em Portugal, o Coala Festival tem já vários anos de experiência e concertos memoráveis no currículo. Depois de dez anos de história no Brasil, o evento atravessa o oceano Atlântico à conquista do público europeu. Para felicidade dos cascalenses, o local escolhido para a estreia internacional não podia ser melhor. Vai realizar-se aqui mesmo, em Cascais, no recinto do Hipódromo Manuel Possolo, onde acontecem também outros eventos do género. 

“O Coala Festival nasceu em 2014 com a proposta de ser um grande palco para a nova música brasileira num contexto em que a maioria dos festivais se focava em artistas e bandas internacionais. Virámos referência no Brasil e, agora, vamos levar essa identidade para Portugal, com foco não apenas na música brasileira, mas na música em língua portuguesa como um todo, unindo as pontas do triângulo África, Portugal e Brasil”, refere Gabriel Andrade, sócio-fundador e curador do festival.

A proposta desta primeira edição portuguesa é, assim, oferecer um cartaz dedicado à música lusófona. E não podia começar melhor, com o primeiro (e único, até agora) nome divulgado: Gilberto Gil é cabeça de cartaz do evento. O músico, com 81 anos de vida e 60 de carreira, esteve recentemente de passagem por Portugal, para dois concertos, nos Coliseus de Lisboa e do Porto, que aconteceram no final de outubro e início de novembro. Integravam a digressão “Aquele Abraço”, que reúne em palco vários elementos do clã Gil, entre filhos e netos do cantor baiano. 

Nesta missão de reunir o melhor da lusofonia no que à música diz respeito, o festival conta também com a curadoria de Kalaf Epalanga, músico e escritor angolano, que foi um dos fundadores da banda Buraka Som Sistema. Para isso, além de Gabriel Andrade, o Coala Festival Portugal conta com a curadoria de Kalaf Epalanga — músico e escritor angolano e um dos fundadores da banda Buraka Som Sistema, premiada com o MTV Europe Music Awards por três anos seguidos na categoria Melhor Artista Português.

“Vivemos um período extraordinário na música global, onde as noções de centro e periferia estão a ser redefinidas, e essa realidade é claramente percebida nos países de expressão portuguesa. Este momento singular desencadeia um potencial criativo sem precedentes, transformando a música popular em algo cada vez mais fluido e inovador. No coração desta transformação, vejo o Coala Festival como um lugar excepcional para explorar estas novas fronteiras sonoras, onde a tradição e a contemporaneidade se encontram para dar vida a experiências musicais inesquecíveis”, refere Kalaf.

Por enquanto, não foram revelados os valores dos bilhetes, mas pode já seguir o festival nas redes sociais, como Instagram e Facebook, para ficar a par de todas as novidades que serão reveladas em breve. 

A edição, deste ano, do Coala Festival no Brasil, aconteceu entre os dias 15 e 17 de setembro, em São Paulo, e contou com nomes como Jorge Ben Jor, Marina Lima, Letrux, Novos Baianos, Fafá de Belém, Céu e Joyce Moreno, entre outros. Se ficou curioso, veja o vídeo abaixo para conhecer melhor o festival. 

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