Durante o mês de dezembro, no meio das preparações para o Natal, os atores José Condessa e Luísa Cruz trabalhavam nos ensaios da nova peça do Teatro Experimental de Cascais (TEC), como foi partilhado com o público nas redes sociais. Sabemos agora que o espetáculo em questão vai estrear já este mês, no dia 19 de janeiro, sexta-feira.
“A Andorinha”, do espanhol Guillem Clua, é uma história livremente inspirada num massacre que decorreu em 2016, na cidade de Orlando, nos Estados Unidos da América, e que vitimou 49 pessoas. Uma peça “carregada de significados e emoções”, como descreve o Teatro.
“Amelia, professora de canto, recebe em casa Ramón, um jovem que quer melhorar a sua técnica vocal para cantar ‘A Andorinha’, num memorial em honra da mãe, que morreu há um ano. No entanto, esta é apenas uma dissimulação para a descoberta de um passado desconhecido e para a possibilidade de uma redenção entre duas pessoas, que têm muito mais em comum do que ambas julgam”, refere a sinopse.
Esta que é a 178.ª produção do Teatro Experimental de Cascais, é a primeira estreia após a morte de Carlos Avilez, com 88 anos, encenador e fundador deste espaço que completou 58 anos de existência a 13 de novembro. O seu último trabalho como encenador foi na peça “Electra”, protagonizada por Bárbara Branco, que estreou a 18 de novembro no Auditório da Academia das Artes do Estoril.
A propósito do seu falecimento, o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, referiu: “Perder Carlos Avilez é perder um pedaço da alma de Cascais e do teatro português. Um amigo querido, Avilez deixa um legado incomparável na arte da encenação e na formação de atores. Como fundador do Teatro Experimental de Cascais e da Escola Profissional de Teatro de Cascais, moldou muitas carreiras e tocou inúmeros corações com a sua paixão e dedicação ao teatro”.
Cucha Carvalheiro, atriz e encenadora, foi a primeira personalidade a ser convidada pelo Teatro Experimental de Cascais para assumir a encenação desta nova peça, protagonizada por Luísa Cruz e José Condessa. A tradução do texto e dramaturgia é da responsabilidade de Miguel Graça. O espetáculo conta com a participação especial de FF, numa canção gravada.
“A Andorinha” estará em cena de 19 de janeiro a 11 de fevereiro, na Academia de Artes do Estoril, situada no número 2 da Avenida das Acácias. As sessões decorrem de quinta-feira a sábado, às 21 horas, e aos domingos, às 16 horas. O bilhete custa 15€ (com descontos aplicados a estudantes de artes, maiores de 65 anos e profissionais das artes) e pode ser adquirido online.