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P. Diddy outra vez acusado de violação e agressão sexual

Duas mulheres que trabalhavam na indústria da música acusam o rapper de as violar e violentar em festas durante os anos 1990.
P. Diddy foi preso em setembro.

Sean Combs, conhecido com P. Diddy ou Puff Daddy, enfrenta duas novas acusações de violação, abuso sexual e agressão sexual, que surgem na sequência de novos processos, abertos esta terça-feira, 4 de fevereiro, pelo tribunal federal de Manhattan, nos EUA.

O rapper foi detido a 16 de setembro, em Manhattan, nos Estados Unidos, por tráfico sexual e agressão. Desde então que a lista de crimes tem aumentado exponencialmente.

Os últimos casos referem-se a violações e agressões que terão acontecido, mais uma vez em festas. As vítimas são duas mulheres que faziam parte da comunidade de hip-hop durante as décadas de 1980 e 1990. A primeira acusa o rapper de agredir sexualmente em vários Estados, desde a Califórnia a Nova-Iorque. Uma das situações aconteceu numa das festas do cantor nos Hamptons e seguiu aquilo que parece ser o alegado padrão de Sean Combs. A mulher chegou à festa, foi-lhe oferecida uma bebida, ficou “tonta e com quebras de consciência” e foi depois violentada e violada por supostos parceiros do rapper, enquanto Diddy assistia.

Num outro alegado incidente, que ocorreu em Nova Iorque no final da década de 1990, a primeira vítima afirma que estava numa outra festa de Combs no clube noturno Limelight, e que o rapper lhe barrou a saída. Depois levou-a, com uma amiga, para o Trump Hotel onde foram “mantidas contra a sua vontade, drogadas e forçadas a participar numa atividade sexual em grupo”.

A segunda vítima fez alegações semelhantes, afirmando que “em várias ocasiões separadas”, Combs se tornou “violento” e a sujeitou a “agressões sexuais, coerção, abusos e violência nas mãos ou sob ordem de Diddy”.

P. Diddy está detido a aguardar julgamento, que está previsto começar a 5 de maio de 2025. O artista é acusado de tráfico sexual e extorsão, como adianta a agência Reuters. A lista de acusações reúne homens e mulheres entre os 9 e 38 anos, que se queixam de ter sido drogados e forçados a atos sexuais durante as festas organizadas pelo norte-americano. Os encontros seriam todos filmados e depois usados para chantagear as vítimas.

As revelações sobre o rapper começaram a surgir quando, em novembro do ano passado, Cassandra Ventura, mais conhecida por Cassie, apresentou queixa contra o ex-namorado por agressão e violação. Combs negou as acusações, mas um vídeo de 2016 captado por câmaras de videovigilância de um hotel mostra-o a empurrar e agredir a cantora aos pontapés.

“O vídeo angustiante apenas tornou a confirmar o comportamento perturbador e predatório de Combs. Não há palavras para expressar a coragem e a firmeza que ela demonstrou ao expor tudo isto”, salientou o advogado de Cassie Ventura, Douglas H. Wigdor, em declarações à CNN, em maio deste ano.

A ex-namorada descreveu a conduta agressiva de Combs como algo recorrente durante a relação. Na queixa, que se estende por 35 páginas, Cassie alega que o músico a terá drogado e espancado, além de a forçar a ter relações sexuais com outros homens enquanto a filmava.

A relação entre os dois, que começou em 2007, terminou em 2018, mas a história não se limita a este desfecho. Após a separação, o artista terá forçado a entrada na casa de Ventura para a violar.

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