Os comboios estão parados em todo o País. A adesão à greve marcada para esta quarta-feira, 7 de maio foi quase total, o que significa que os serviços mínimos não estão assegurados.
“A circulação ferroviária está suprimida em todo o País. Portanto, isto revela que há uma adesão praticamente total dos trabalhadores desde a meia-noite”, disse José Manuel Oliveira, da FECTRANS, citado pelo “Notícias ao Minuto”.
A onda de greves vai estender-se até meio do mês de maio. Entre os dias 7 e 9 de maio, os sindicatos vão convocar greves totais, que devem afetar as últimas horas de dia 7 e as primeiras de dia 10. Entre 7 e 14, os maquinistas filiados no SMAQ fazem também greve ao trabalho suplementar, enquanto os revisores vão paralisar a 12 e 13 de maio. Já entre 11 e 14, juntam-se os revisores dos comboios de longo curso.
Esta é a continuação de vários protestos que vão ser organizados pelos revisores, maquinistas e trabalhadores dos bares a bordo dos comboios, contra as propostas salariais e o incumprimento de acordos laborais. A principal questão está no facto de a administração não ter dado seguimento ao acordo de reestruturação das tabelas salariais e de rejeitar o aumento de 35 euros previsto para 2025.
A CP informa os clientes que já compraram bilhetes para viajar nos comboios Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, Interregional e Regional que podem pedir “o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.
O reembolso ou a troca podem ser feitos online “até aos 15 minutos que antecedem a partida do comboio da estação de origem do cliente, ou nas bilheteiras”. Caso este prazo seja ultrapassado, e até 10 dias depois de terminar a greve, é ainda possível solicitar o reembolso através do preenchimento de um contacto online.
