São 73 anos de vida e 52 de carreira. O percurso da vida de Jorge Palma fez-se sempre a par com a música. A voz e o piano tornaram-no numa referência na música portuguesa e são esses dois instrumentos que vai levar ao palco do Salão Preto e Prata, no dia 24 de março.
O músico regressa ao Casino Estoril, depois de em 2023 ter lançado o muito aguardado álbum “VIDA”, 12 anos após o último disco, com temas originais (depois de ter passado vários anos focado em diferentes projetos, que não a sua carreira a solo, como é o caso de “Juntos”, em que partilhou o palco com Sérgio Godinho).
Acompanhado pela sua banda, da qual fazem parte Vicente Palma (o filho), Pedro Vidal, Nuno Lucas, Gabriel Gomes, Francisco Palma e João Correia, responsáveis pela guitarra acústica, teclas, guitarra elétrica, baixo, acordeão e bateria, o cantor e compositor promete trazer ao público não só os novos temas, como também irá revisitar grandes êxitos, que marcaram diferentes épocas da sua carreira.
“São todos discos diferentes e únicos. Cada um reflete o período em que as canções foram compostas e em que foram gravadas. É evidente que o primeiro single que gravei, em inglês, há 50 anos, é especial, já que é o primeiro disco em meu nome. E o primeiro álbum, em 1975, ‘Com uma Viagem na Palma da Mão’, também é especial. Os outros são como os filhos. Gosto de todos, cada um à sua maneira. Uns têm canções mais fortes do que outros. Tecnicamente mais bem construídas e elaboradas e também do ponto de vista comercial, obviamente”, contou Jorge Palma à NiT, a propósito da celebração dos 50 anos de carreira.
O concerto está então marcado para dia 24 de março, sábado, às 21 horas. Os preços dos bilhetes variam entre 35€ e 50€. Pode adquiri-los online, no site da Ticketline, ou nos locais habituais.
Jorge Palma começou a aprender a tocar piano com apenas seis anos de idade. Durante a adolescência, interessou-se por rock’n’roll e, de forma geral, pela música norte-americana e inglesa. Em 1975, lançou o seu primeiro álbum “Com Uma Viagem na Palma da Mão”. Durante os anos 70 e início da década de 80, o seu percurso artístico dividiu-se entre os primeiros discos lançados em Portugal, e a música tocada nas ruas e nas carruagens de metro de cidades como Paris e Copenhaga, apenas com a sua guitarra.
Entre 1975 e 1989, lançou oito álbuns. “Só”, o emblemático disco que deu a conhecer ao público temas como “Frágil” ou “Deixa-me Rir”, foi apresentado em 1991, um ano depois de terminar o Curso Superior de Piano. Na mesma década formou o grupo Palma’s Gang e integrou projetos como os Rio Grande ou os Cabeças no Ar.
Ao longo da carreira, Jorge Palma continuou a lançar vários discos de originais, compôs êxitos e somou discos de ouro, tendo atingido a dupla platina com “Voo Nocturno”. Temas como “Dá-me Lume” ou “Encosta-te a mim” tornaram-se hinos intemporais.
Venceu ainda o Prémio José Afonso em 2002 e, em 2008 e 2012, foi o vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor intérprete individual. O seu álbum “Com Todo o Respeito” (2011) foi, ainda, galardoado pela Sociedade Portuguesa de Autores com o prémio Pedro Osório.
Em 2020, celebrou “70 Voltas ao Sol” no Castelo São Jorge, num espetáculo com uma orquestra de câmara dirigida pelo maestro Cesário Costa. Foi, ainda, agraciado com a Medalha de Mérito Cultural da Cidade de Lisboa e com a Ordem do Infante Dom Henrique. “70 voltas ao Sol” foi editado em CD e vinil em 2021, tendo vencido o galardão de melhor disco nos Play – Prémios da Música Portuguesa.
Já o ano de 2022 ficou marcado por inúmeros concertos onde o músico celebrou os 50 anos de carreira. Foi também alvo de uma homenagem criada pela Rádio Comercial que juntou 30 grandes artistas portugueses para cantarem “A Gente Vai Continuar”, música lançada por Jorge Palma em 1982, no álbum “Acto Contínuo”.
Aproveite para ler a entrevista da NiT ao artista a propósito deste marco na carreira.
