Nora e Hae Sung têm uma relação que dura há várias décadas, apesar do afastamento físico e emocional de ambos. Conheceram-se ainda miúdos, em Seul, e quando se voltam a cruzar, 20 anos depois, já nos Estados Unidos, o reencontro é devastador.
“Vidas Passadas“, escrito por Celine Song e nomeado este ano ao Óscar de Melhor Filme, estreia a 21 de julho, pelas 21h30 no TVCine Top — e irá emocionar toda a gente.
Duas pessoas que parecem perfeitas uma para a outra deixaram passar a oportunidade de construir uma vida juntas. A premissa é simples, mas as nuances da relação de amor e amizade dos protagonistas ajudaram a criar uma das histórias mais cativantes do cinema em 2023.
“Não é um filme que fantasia sobre os múltiplos universos ou super-heróis. Fala, sim, de vidas banais. Acho que é por causa disso que as pessoas se identificam tanto com ele”, conta Song, de 36 anos, ao “Korea Joong Ang Daily”.
Na longa-metragem, que recebeu cinco nomeações aos Globos de Ouro, há outra personagem importante: Arthur (John Magaro), o marido de Nora. O triângulo amoroso da trama é inspirado na própria vida da realizadora.
“A cena onde as personagens estão juntas a beber num bar em Nova Iorque foi inspirada de quando um amigo de infância me veio visitar à East Village e esteve comigo e com o meu marido”, recorda.
Enquanto estava no meio dos dois e traduzia tudo o que diziam, sentia como se estivesse a decifrar a sua própria história. “O meu passado e o meu presente estavam sentados ali, ao mesmo tempo. Quando contei isto aos meus amigos, todos disseram que lhes tinha acontecido algo semelhante, então comecei a escrever um guião com base nisso”, afirma Song.
A nomeação ao Óscar fez com que “Vidas Passadas” se tornasse o terceiro filme sul-coreano a concorrer à categoria de Melhor Filme. “Parasitas”, de 2019, acabou por vencer a estatueta, e “Minari” (2020) rendeu o prémio de Melhor Atriz Secundária a Youn Yuh-jung.
