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Arranque da vacinação gratuita contra vírus sincicial respiratório foi adiado

A data original previa que a imunização começasse a 1 de outubro. Atraso acontece devido a "razões logísticas".
Em maternidades públicas e privadas.

A vacinação gratuita contra o vírus sincicial respiratório (VSR) terá início a partir de 15 de outubro. O governo tinha inicialmente previsto o início para 1 de outubro, mas essa data foi adiada pela Direção-Geral de Saúde. O atraso é justificado por “razões logísticas” relacionadas com a “disponibilidade e entrega das doses”.

A vacina será administrada logo ao nascimento, em maternidades do setor público, privado e social. O processo de imunização estender-se-á até 31 de março, com a expectativa de imunizar cerca de 62 mil bebés. Os miúdos que nasceram antes da nova data, como os nascidos em agosto, poderão receber a vacina nas instituições do Serviço Nacional de Saúde.

Com um investimento aproximado de 13,6 milhões de euros, o objetivo é proteger os recém-nascidos durante os meses em que a doença é mais frequente. Desta forma, pretende-se reduzir a “epidemiologia da infeção em Portugal”, mitigar o risco de desenvolvimento de doenças graves e hospitalizações, bem como garantir a segurança da vacina.

O VSR é a causa mais comum das infeções nas vias respiratórias (como as bronquiolites), até aos cinco anos e um dos motivos que leva ao aumento de internamentos durante as estações mais frias. Os sintomas começam normalmente com secreções nasais, o chamado pingo do nariz, a tosse, a dificuldade a respirar e/ou uma respiração tipo assobio. “A febre pode, ou não, aparecer”, explicou à NiT o pediatra Paulo Venâncio.

Como proteger os miúdos

Embora atinja sobretudo crianças saudáveis e bebés de termo, “os prematuros e os recém-nascidos com outras patologias associadas são os que correm maior risco de serem gravemente afetados”, refere o especialista em pediatria.

Reconhecendo estes indícios em bebés abaixo dos três meses, os cuidadores devem ir fazendo a lavagem nasal com soro ou água do mar, aspiração de secreções e vigiar os sinais de alarme referentes à dificuldade respiratória e ao aparecimento de febre. “Caso o bebé aparente ter algum destes sintomas mais graves, é motivo para ser visto por um médico”, destaca Paulo Venâncio.

Acima desta idade, em casos de febres superiores a 38 graus, os miúdos devem ser medicadas e mantidas em casa, com os devidos cuidados. “Só devem visitar um médico quando os pais não conseguem controlar a febre com medicação, ou a mesma já dura há mais de três dias”, aconselha o médico.

Caso o esforço respiratório impeça o sono, ou a tosse seja tão agressiva, que deixe os mais novos com vómitos e não seja possível alimentá-los, deve igualmente procurar ajuda especializada. Em caso de dúvida, o especialista recomenda aos pais e cuidadores que se aconselhem primeiro junto do SNS 24, o pediatra ou o médico de família. “Se considerarem necessário, os profissionais farão o encaminhamento para as urgências”, refere.

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