É o sonho e uma honra para qualquer atleta: carregar as cores do seu país no maior evento desportivo da história. É a garantia de que se está entre os melhores dos melhores e a participação por si só já vale mais do que muitos possam imaginar. Os Jogos Olímpicos 2024 começaram no dia 26 de julho e terminam a 11 de agosto, em Paris. Este ano, a delegação olímpica portuguesa leva 73 desportistas para competir em 15 modalidades. E entre eles, estão alguns cascalenses.
Além de representarem Portugal, os seis atletas contam com o apoio e orgulho de todos os habitantes da vila de Cascais. São eles Teresa Bonvalot, Gustavo Ribeiro, Maria Tomé, Carolina João, Diogo Costa e Samuel Barata. Nesta fase, só um é que ainda não competiu.
Gustavo Ribeiro foi o primeiro a mostrar as suas habilidades nestes Jogos Olímpicos. Esta foi a segunda participação do jovem de 23 anos, tendo estado há três em Tóquio, na edição de estreia para o skate como desporto olímpico. Nessa competição, acabou em oitavo lugar, trazendo um diploma para casa. Este ano, o campeão mundial de 2022 e vice-campeão, em 2023, da Street League Skate não conseguiu melhorar a sua marca: foi eliminado na primeira ronda.
A primeira mulher a surfar uma onda nos Jogos Olímpicos no Japão, Teresa Bonvalot entrou nos tubos gigantes de Teahupo’o, no Taiti, como uma das grandes promessas portuguesas às medalhas. Quatro vezes campeã nacional feminina, a atleta qualificou-se para esta edição como a segunda melhor colocada da Women’s Qualifying Series desta época na World Surf League. Infelizmente, o seu destino seria semelhante ao de Gustavo Ribeiro, não conseguindo apurar-se para a segunda fase. Seguiu em frente a sua colega, Yolanda Sequeira, que entretanto também foi eliminada.
Pode-se dizer que Maria Tomé foi uma das grandes surpresas portuguesas em Paris este ano. A triatleta de 23 anos estreou-se na edição corrente dos Jogos, mas já é uma referência nacional da modalidade: foi vice-campeã mundial feminina sub-23 em 2023 e, este ano, conseguiu também atingir a segunda posição na Taça do Mundo de Triatlo na Nova Zelândia, juntamente com a restante equipa portuguesa de estafeta mista.
Foi a 11.ª colocada na sua prova e não conseguiu o diploma, mas não deixou de se fazer notar. No segmento de bicicleta, foi a atleta mais rápida, recuperando 19 lugares pelo caminho. Os seus colegas de modalidade, Vasco Vilaça e Ricardo Batista, atingiram o quinto e sexto lugares, respetivamente, na corrida masculina.
O duo composto por Carolina João e Diogo Costa carimbou o seu bilhete para esta edição, depois de se qualificar para a Medal Race no Mundial de Vela de 2023, em Haia, nos Países Baixos. Os velejadores de 27 e 26 anos sagraram-se vice-campeões europeus da classe Dinghy Misto em maio.
As suas primeiras regatas realizaram-se esta sexta-feira, 2 de agosto. Na primeira acabaram por ser desqualificados, por zarparem sob bandeira preta, mas recuperaram na segunda corrida, nunca caindo abaixo dos três primeiros. Os pontos agregados colocam, neste momento, os cascalenses em 11.º lugar, com mais oito corridas pela frente até à ronda final. Só chegam à regata para as medalhas as dez melhores nações.
Samuel Barata é o último cascalense a competir e é também o mais velho, com 31 anos. O recordista nacional da meia maratona estreia-se este ano nos Jogos Olímpicos para correr a maratona completa. Esta foi a primeira modalidade em que Portugal conquistou uma medalha de ouro, quando Carlos Lopes venceu a corrida na edição de 1984. A sua corrida começa às 7 horas do dia 10 de agosto.
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