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Fãs de pickleball: as primeiras raquetes portuguesas estão quase a chegar ao mercado

A Quad Padel decidiu apostar numa modalidade. Após vários meses de testes, está pronta para lançar a novidade.
O desporto está em expansão.

No início do ano passado, a NiT anunciava que o desporto preferido de Lily Collins, o pickleball, seria a próxima loucura de Portugal. E não erramos. A atividade que junta ténis, badminton e pingue-pongue, tem cada vez mais adeptos por cá. Prova disso, é que vão ser lançadas as primeiras raquetes nacionais dedicadas à modalidade.

A marca Quad Padel percebeu o potencial deste desporto, com cada vez mais adeptos em Portugal, e decidiu criar os primeiros acessórios produzidos por cá, especificamente em Braga. Embora seja apaixonado por padel (o desporto que o levou a fundar a primeira fábrica de acessórios em carbono, para este desporto, em Portugal), Vasco Carvalho também já se rendeu ao pickleball.

“Desde que experimentei que passei a jogar todos os dias, sobretudo para perceber aquilo que não pode faltar numa raquete e para conhecer melhor o meio”, conta o proprietário da Quad Padel. O jogo é rápido, mas o facto de a bola ser leve e cheia de buracos significa que tende a flutuar, o que dá aos principiantes muito tempo para lerem a jogada e reagirem. O campo é pequeno e, normalmente, joga-se aos pares, por isso, é difícil não fazer pontos.

Em comparação com outros desportos de raquete, é menos intenso e mais fácil de jogar, o que acaba por motivar mais pessoas. Este foi um dos fatores que levou Vasco Carvalho a apostar na modalidade. “Enquanto o padel é um jogo bastante intenso e mais exigente para o corpo, o pickleball é uma daquelas modalidades que podem ser praticadas por todos os grupos etários. E acreditámos que isso será o ponto de viragem para que o desporto ganhe em Portugal, o destaque que já tem lá fora”, explica o empresário de 39 anos.

A modalidade não é uma novidade, mas foi só em 2022 que se deu o boom da procura. Nesse ano foi o desporto que mais cresceu nos Estados Unidos — ganhou mais 40 por cento de atletas. E desde aí nascem cada vez mais campos também um pouco por toda a Europa, com destaque para os países nórdicos e Espanha.

“O pickleball está no auge em vários países e temos a certeza que vai ganhar dimensão cá em Portugal. Tínhamos internamente toda a estrutura e todas as condições para avançar com a produção de raquetes e ser a primeira marca portuguesa a produzi-las. Depois de vários meses em testes, decidimos avançar.”

Afinal, o que é o pickleball?

O desporto foi inventado por um grupo de pais num momento de frustração. Já tinham tentado de tudo para entreterem os miúdos. Joel Pritchard, Bill Bell, e Barney McCallum passavam férias na ilha de Bainbridge, em Seattle, em 1965, quando esgotaram todas as opções de atividades para fazerem com os filhos.

O grupo tinha acesso a um campo de badminton, mas não tinha equipamento. Rapidamente improvisaram uma solução: pegaram numa bola de plástico e nas raquetes de pingue-pongue e começaram jogar. Os miúdos adoraram. Tornou-se, aliás, a modalidade preferida dos mais novos — e foi passando de boca em boca.

À medida que estabeleceram as regras do pickleball, os três pais sempre mantiveram em mente o propósito original: proporcionar um jogo em que toda a família pudesse participar. O nome, segundo os primeiros registos, foi dado em homenagem ao cão da família Pritchards. Chamava-se Pickles e estava sempre a correr atrás da bola enquanto jogavam.

O desporto tem conquistado cada vez mais atletas e está em franca expansão um pouco por todo o mundo. Se ainda não teve oportunidade de experimentar, prepare-se, porque assim que o fizer não há volta a dar — vai querer repetir a experiência o mais rapidamente possível. A modalidade parece ter a capacidade de cativar toda a gente. Até porque tem tanto de versátil quanto divertido.

As raquetes da Quad Pickelball já estão em fase de produção na fábrica da empresa em Braga e chegam ao mercado em fevereiro. A marca está presente em mais de 60 pontos de venda nacionais, de norte a sul do país e ilhas, e exporta para mais de 22 países. “Já temos vários clientes interessados em testar e levar as raquetes da Quad para outros países.”

Entretanto, já começaram a trabalhar em modelos adaptados a vários graus de experiência na modalidade e os preços vão variar conforme a exigência. “Temos raquetes para iniciantes a 150€ e as mais caras, para os profissionais, podem chegar aos 300€”, conclui Vasco Carvalho.

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