Muitas pessoas têm o sonho de seguir uma carreira no desporto. Para concretizá-lo, dedicam grande parte da vida a treinar e a levar o corpo ao limite para serem melhores do que no dia anterior. Competem, desafiam-se e algumas até atingem o nível mais alto da modalidade que praticam. No entanto, muitas destas carreiras terminam mais cedo, na maioria das vezes, por causa de lesões. E depois, o que é que se pode fazer?
Em resumo, foi precisamente este o percurso de Carolaine Raitz, fisioterapeuta de 26 anos responsável pelo novo estúdio de São Domingos de Rana, que abriu na passada segunda-feira, 16 de setembro. A brasileira era atleta profissional de voleibol até que, dois anos depois, sofreu uma lesão e teve de ser operada ao joelho.
Por essa razão, teve de passar muito tempo a fazer fisioterapia, e, aos poucos, o interesse foi crescendo. “Nessa altura, tinha acabado de sair do liceu e precisava de escolher entre seguir uma carreira desportiva ou ir para Fisioterapia. Depois do tempo que passei em tratamentos, apaixonei-me pela área e deixei o desporto”, explica à NiC. Tirou a licenciatura no Centro Universitário Avantis, em Balneário Camboriú, Santa Catarina, e licença de Pilates no Voll Pilates Group.
Depois de se formar, trabalhou num estúdio no Brasil durante três anos, tendo-se mudado para Portugal há cerca de um ano e meio. Durante a maior parte do tempo em que esteve no País, trabalhou num outro estúdio da zona de São Domingos de Rana, até abrir o primeiro espaço próprio.
Decidiu chamá-lo Alma Studio e a razão é simples: pretende melhorar as condições gerais dos pacientes e não apenas as físicas. “Temos como objetivo fazer com que a pessoa saia daqui melhor do que chegou, inclusive em relação à saúde mental e bem-estar geral”. Com esta ideia, chegou à conclusão de que o termo passaria a sensação de que os cuidados eram prestados de forma integral.
Carolaine é a única fisioterapeuta do espaço, mas não está sozinha. Tem uma sócia, Cecília Paulino, de 40 anos. A colega não é formada na área, mas tem outras empresas de cuidados de saúde, pelo que se dedica a funções administrativas.
Os serviços do estúdio não se dedicam exclusivamente à fisioterapia. Também são realizadas sessões de Pilates clínico. “Durante a minha formação, percebi os benefícios que o Pilates traz ao corpo das pessoas, de qualquer idade e género. Então, é uma forma de reabilitar o corpo, através do exercício físico, e de melhorar a qualidade de vida das pessoas”.
Ao contrário da vertente mais comum, existente em bastantes ginásios, o Pilates clínico é direcionado a pessoas com patologias físicas e exige um maior acompanhamento. Para isso, na primeira sessão, cada paciente preenche uma ficha de avaliação. “Temos de perceber quais são as dificuldades que têm, quais os objetivos que pretendem atingir com o Pilates e aí montamos um plano personalizado.”
As sessões clínicas são caracterizadas por utilizarem máquinas. Estas aulas são muito diferentes das de Pilates tradicional, também feitas no estúdio. “O Pilates no chão, sem máquinas, que tem toda a gente a fazer o mesmo exercício, não está focado no problema da pessoa”, explica. Para garantir que todos os pacientes têm a maior atenção possível, cada sessão clínica tem, no máximo, três pessoas.
Os serviços do estúdio são procurados por utentes de várias idades e com diferentes níveis de atividade física. A fisioterapeuta destaca um grupo particular de praticantes. “Temos muitos atletas de padel. Sabemos que, em Portugal, o padel virou uma febre, então temos pessoas que jogam campeonatos ou que simplesmente se divertem com a modalidade, mas sentem dores por causa disso”.
Aos jogadores também se juntam idosos, com problemas de coluna e mobilidade, mas também miúdos e adolescentes. A proximidade a uma escola também ajuda no crescimento do negócio. “Por exemplo, os professores precisam mesmo do Pilates por causa da má postura e do stress. E esta prática também ajuda muito na questão da saúde mental, uma vez que contribui para a redução da ansiedade”.
Por enquanto, os serviços prestados incluem fisioterapia musculoesquelética e ortopédica e Pilates clínico e no chão com tapete. No entanto, a equipa está a pensar alargar o raio de ação e encontrar mais especialistas. “Num futuro próximo, estamos a pensar trabalhar com especialidades da fisioterapia que têm sido cada vez mais procuradas, como a fisioterapia pélvica, por exemplo. É o ramo que ajuda a preparar a mulher para o parto e pós-parto”.
Carolaine é, de momento, a responsável pelo acompanhamento de todos os pacientes. No estúdio pode atender cada pessoa na sala das máquinas ou no consultório, que também tem espaço para outras aulas e sessões diversas.
Em relação à localização do estúdio, a fisioterapeuta decidiu não se afastar muito de São Domingos de Rana, zona onde já trabalhava e era conhecida. Acabou por abrir em frente ao complexo desportivo, na Rua Principal. Em tom de brincadeira, comenta que “calhou bem”, mas explica que nada foi por acaso. “Quando vimos o pavilhão, pensámos logo que íamos ter bastantes clientes”.
Caso esteja curioso, pode fazer uma aula experimental. Se quiser inscrever-se no estúdio, o preço varia em função do serviço escolhido e da frequência semanal. Para sessões de Pilates com máquinas, o valor mensal é de 75€ se for uma vez por semana, 120€ se for duas e 160€ para três vezes. As aulas de Pilates sem máquinas são mais baratas: uma vez por semana são 45€, 80€ para duas e 100€ para três.
No que toca à fisioterapia, a avaliação custa 35€, com as sessões seguintes a custar 45€. Durante o mês da inauguração, os pacientes que se registem no Alma Studios têm um desconto de dez por cento no valor das mensalidades até ao final do ano.
As marcações podem ser feitas pelo número 962 995 055, email info@nullalma-studio.pt, ou através do preenchimento do formulário de adesão online disponível no site do estúdio. Também pode visitar as páginas de Instagram e Facebook.
