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100 milhões de árvores: o novo projeto do Dubai para salvar o planeta

Vai ser operado através de inteligência artificial e é descrito como o maior projeto de regeneração costeira do mundo.
Vai suportar ecossistemas.

Este ano, o Dubai tentou criar chuva artificial e, consequentemente, gerou cheias na região. Mesmo assim, não pretende parar com as inovações tecnológicas com o intuito de tentar salvar o meio ambiente. Agora, está a ser preparado o Dubai Mangroves, descrito como o maior projeto de regeneração costeira do mundo graças aos 72 quilómetros de extensão.

Na cidade vão ser plantados mais de 100 milhões de manguezais, uma espécie de árvores e arbustos que prospera em águas costeiras. Segundo a URB, a empresa por detrás do projeto, conseguiriam absorver cerca de 1,2 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, o que é equivalente a retirar 260 mil veículos a gasolina da estrada.

Também têm a capacidade de suportar ecossistemas, porque atuam como viveiros para a vida marinha e criam, assim, um habitat natural para peixes e outros animais, como aves. Existem ainda alguns benefícios financeiros, visto que podem fornecer matérias-primas para artesanato e construção, e apoiam a pesca e aquicultura. Serão criados igualmente 10 mil postos de trabalho na área do ecoturismo.

A lista de mais-valias não se fica por aqui. A novidade pode dar origem a uma nova atração turística no Dubai. “O projeto pretende elevar a fasquia do turismo ecologicamente responsável, criando um ambiente onde os visitantes podem desfrutar da natureza sem a danificar”, diz Baharash Bagherian, urbanista e fundador da empresa, à CNN.

O responsável acrescenta que o objetivo não é apenas atrair turistas, mas encorajá-los a participarem na preservação do património natural da região.”Os manguezais são o sistema de defesa da própria natureza contra a erosão costeira e a subida do nível do mar, que são preocupações cruciais para qualquer cidade costeira, incluindo o Dubai”, diz Baharash. O grande objetivo é, portanto, “combater os efeitos das alterações climáticas”.

Sendo este um projeto que vai nascer no Dubai, tecnologia é palavra de ordem. As plantas, por exemplo, seriam totalmente controladas pela inteligência artificial. “Estamos a pensar em utilizar ferramentas de ponta, como a reflorestação por drones para plantar manguezais de forma eficiente e tecnologia de detecção remota para monitorizar a saúde e o crescimento das florestas”.

Estes dispositivos voadores têm a capacidade de colocar com 100 por cento de precisão as sementes nos locais onde as árvores têm mais hipóteses de sobreviver. Depois, as imagens de satélite poderiam ser usadas para a URB obter uma visão geral da cobertura dos manguezais, o que facilitaria a identificação das zonas que precisam de uma maior atenção.

Embora ainda esteja numa fase muito inicial, já estão a ser consideradas seis zonas para a criação de estudos-piloto por parte da empresa. São elas: Jebel Ali Beach, Dubai Marina Beach, Jumeirah Public Beach, Umm Suqeim Beach, Mercato Beach e Dubai Islands Beach.

“Atualmente, estamos na fase de investigação. Identificámos seis locais para estudos-piloto propostos como próximas etapas e estamos a concentrar-nos nos projetos para esses locais.” Se tudo correr conforme planeado, a inovação estará pronta em 2040 e vai trazer também novos parques e pequenas praias à cidade.

Paralelamente ao projeto de regeneração costeira, a URB pretende criar mais de mil quilómetros de ciclovias no Dubai até 2040 e o maior recife artificial do mundo.

Carregue na galeria e veja as primeiras imagens do projeto.

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