Em tempos foi conhecido como o convento de Santa Joana, que pertenceu à Ordem dos Pregadores. Datado de 1699, no século XVII, tinha na sua origem uma igreja, casario e oficinas, mas passou por várias obras após o terramoto que devastou Lisboa, em 1755. O convento acabaria por ser extinto em 1890, após a morte da última religiosa, mas o edifício manteve-se a funcionar e recebeu a instalação do Arquivo da Fazenda Nacional e da Comissão dos Monumentos Nacionais.
Agora, passados quatro séculos, renasce como o primeiro hotel do grupo Locke em Lisboa. Com 15 propriedades espalhadas por várias cidades europeias, a cadeia, dedicada a aparthotéis que combinam design contemporâneo e um estilo de vida próprio, já inaugurou oficialmente aquele que é “o maior projeto do grupo até à data”.
A poucos passos da Avenida da Liberdade, o Locke de Santa Joana, que nasceu a partir das ruínas do antigo convento de Santa Joana, começou a receber hóspedes no dia 17 de julho, depois de cinco anos de obras. É a desculpa perfeita para marcar um fim de semana romântico, perto de casa, evitando tempo perdido em grandes deslocações.
“Lisboa é uma cidade europeia única, com uma cultura vibrante, uma história profundamente enraizada e uma infraestrutura moderna. Sendo uma das cidades mais antigas do mundo, é um destino líder para viajantes internacionais, seja em lazer, negócios ou ambos”, explicou à NiT Samantha Sheridan, diretora comercial do grupo Edyn, que detém o novo hotel da capital.
O legado histórico e cultural foram mantidos pelos estúdios de design de interiores Lázaro Rosa-Violán e Post Company, que integraram também detalhes modernos em harmonia com elementos do passado. Este conjunto de quatro edifício é, assim, “uma mistura animada do antigo e do novo”.
O grande destaque continua a ser o convento histórico, que se ergue no centro da propriedade. “É um edifício protegido, tal como a fachada de Santa Marta, e muitas das suas características e detalhes originais ainda são visíveis. Os achados arqueológicos mais antigos do convento datam de há cerca de dois mil anos e a sua preservação exigiu uma abordagem cuidada e planeada”, sublinhou.
Todo o processo foi desafiante, uma vez que foi necessário realizar uma escavação arqueológica em grande escala, ao mesmo tempo que se restaurava o convento “com sensibilidade” para construir o hotel à sua volta. “O projeto foi extremamente complexo, é um dos maiores empreendimentos multinível em Lisboa e exigiu o envolvimento e a contribuição de muitas partes interessantes, tanto locais como internacionais”, disse.
Com 370 unidades de alojamento, entre apartamentos, quartos de hotel, penthouses e suites distribuídas por nove pisos, o Locke de Santa Joana é um “hotel incrivelmente especial”, com uma decoração inspirada na cidade.
Os quartos, desenhados pela Post Company são lúdicos e combinam fragmentos arquitetónicos históricos com confortos contemporâneos em tons naturais e materiais tácteis. O grupo optou por privilegiar o uso de tecidos locais, cerâmica e acabamentos em pedra, todos “materiais essencialmente portugueses”.
A oferta gastronómica expande-se por múltiplos espaços, incluídos bares e restaurantes onde predominam os produtos frescos locais. Aberto ainda a tempo de aproveitar o verão, um dos destaques do novo hotel é o incrível jardim e a piscina exterior, escondida no coração de Lisboa e rodeada de espreguiçadeiras.
O objetivo agora é tornar-se no novo hotspot da cidade, tanto para viajantes como para moradores, com uma programação musical e cultural inovadora, bem como espaços de cowork. Os preços começam nos 200€ por noite e as reservas podem ser feitas online.
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