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“Maior conforto e segurança”. Câmara anuncia requalificação do Paredão de Cascais

A obra vai demorar cerca de dois anos e meio a concluir, num investimento estimado de 22 milhões de euros.
Vai ficar diferente. Imagem: CMC

É um dos cartões-postal da zona ribeirinha de Cascais. Palco de caminhadas, corridas ou passeios, o paredão é testemunha de momentos de reflexão passados a sós, de memórias criadas com a família, de histórias contadas entre amigos e de longas brincadeiras com os animais de estimação. Percorrer aqueles 2,75 quilómetros é também uma das melhores formas de conhecer as praias entre Cascais e Estoril. 

O movimento é contínuo, seja a pé, de skate, triciclo, patins ou bicicleta, faça chuva ou sol, o paredão de Cascais é frequentado por milhares de pessoas diariamente. “Com tanta utilização e com a erosão natural costeira, o espaço tem vindo a degradar-se”, notou a Câmara Municipal de Cascais.  

O Paredão de Cascais tornou-se um espaço onde os cascalenses se sentem em casa. E, como qualquer lar, este a céu aberto, deve ser cuidado para continuar a receber bem quem o visita. Por isso mesmo, a autarquia divulgou, no passado dia 10 de maio, sexta-feira, que o passeio marítimo “vai ser alvo de uma profunda requalificação”. 

“O lançamento do concurso internacional para a reabilitação estrutural do espaço foi aprovado em reunião de Câmara pelo executivo municipal, contemplando a revitalização dos 2,5 quilómetros que ligam a Praia da Conceição à Praia da Poça”, refere o município. 

No total, o investimento estimado é de 22 milhões de euros, valor que “vem proporcionar melhores condições de conforto e segurança aos utilizadores de um dos lugares mais procurados da costa de Cascais”, sublinha a autarquia.

Para Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, esta iniciativa é a realização de um desejo antigo: “Finalmente, o projeto está desbloqueado após superar todos os obstáculos que o adiaram. Este projeto respeita os mais altos padrões de sustentabilidade e políticas amigas do ambiente, com uma escolha criteriosa de materiais e equipamentos, em consonância com a política de neutralidade carbónica adotada pela autarquia”.

Segundo a Câmara Municipal, esta intervenção irá substituir o atual pavimento (feito de lajes de pedra) por betão desativado, com uma leve inclinação para evitar a acumulação de água. A rede de iluminação pública naquela zona também será remodelada, com o uso de energia fotovoltaica, garantindo maior segurança mesmo em caso de falha elétrica. As obras vão ainda dedicar-se à reparação de afundamentos e fissuras.

Entre as novidades delineadas para o espaço, estão ainda um novo mobiliário urbano, mais zonas verdes com plantas autóctones, melhores acessos para veículos de emergência e abastecimento e, ainda, a implementação de sistemas de videovigilância para reforçar a segurança naquela zona. A obra vai demorar cerca de 900 dias (dois anos e meio) a concluir. 

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