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Onda de calor de janeiro foi a ”mais significativa” desde 1941

O fenómeno abrangeu cerca de 30 por cento das estações meteorológicas, o que não é normal para a época.
É um fenómeno raro.

Este ano, janeiro foi tudo menos sinónimo de inverno. Ao contrário do esperado para este mês do ano, poucos foram os dias de chuva — muito pelo contrário. A partir de dia 22 e até ao fim do mês, foram registados valores de temperatura muito superiores ao valor médio mensal.

Alguns locais do norte e centro do País registaram uma onda de calor considerada “a mais significativa observada no mês de janeiro desde 1941”, divulgou este sábado, 3 de fevereiro, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). O fenómeno abrangeu cerca de 30 por cento das estações meteorológicas do continente, o que não é nada normal para a época. Isto porque, segundo o serviço nacional meteorológico, as ondas de calor em Portugal, no mês de janeiro, são bastante raras.

“De referir que, das cerca de 60 estações meteorológicas analisadas desde 1941, 75 por cento das estações nunca registaram uma onda de calor neste mês”, explica. Este fenómeno acontece quando a temperatura máxima diária é, pelo menos, cinco graus superior ao valor médio para esse período, durante no mínimo seis dias consecutivos.

O maior número de dias em onda de calor registados este ano verificou-se na estação das Penhas Douradas (13 dias), seguida de Viseu, Cabril e Dunas de Mira, todas com 11 dias. Em Montalegre, Anadia e Coimbra prolongou-se 10 dias.

Em 2023, houve sete ondas de calor em Portugal, mas a primeira registou-se apenas em abril, enquanto a última foi em outubro.

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